
Mulher e o filho são procurados pela Polícia Federal na Europa por suspeita de integrarem esquema que aliciava passageiros para transporte de drogas a partir de Viracopos. Polícia Federal de Campinas cumpre mandados em operação contra tráfico internacional de drogas
Polícia Federal/Divulgação
A brasileira de 41 anos procurada pela Polícia Federal de Campinas (SP) em uma operação contra tráfico internacional de drogas criou uma identidade falsa, com novos documentos, para tirar passaporte e deixar o país de forma ilegal.
Ela e o filho, de 25 anos, são suspeitos de participar de um esquema que aliciava passageiros para o envio de entorpecentes para o exterior a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos (entenda abaixo).
A investigada teria expedido uma nova certidão de nascimento e RG. Como nunca teve passaporte com a identidade real e não tinha cadastro datiloscópico na PF, os sistemas de emissão do documento não identificaram que se tratava de uma fraude.
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Ainda segundo a PF, as investigações apontam que os dois estão em Portugal, mas ainda não foram localizados. Eles são alvos de um mandado de prisão preventiva e foram incluídos na lista vermelha de difusão da Interpol.
Além da dupla, quatro homens e uma mulher, que é filha da suspeita, foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (27) em quatro cidades da região Sul do país:
São José dos Pinhais (PR)
Pinhais (PR)
Camboriú (SC)
Itajaí (SC)
Em um endereço de Itajaí, foram encontradas drogas e equipamentos como balanças, prensas e empacotadoras à vácuo, que seriam usadas para preparar as malas com armazenamento de entorpecentes em fundo falso.
Também foram apreendidos eletrônicos, como celulares e computadores, além de documentos falsos.
Investigação
A investigação começou partir de duas prisões ocorridas em março e outubro de 2023, quando, respectivamente, uma mulher de 41 anos e um homem de 25 foram presos em flagrante ao tentar embarcar em voos com destino a Lisboa, em Portugal.
Os investigadores da Polícia Federal constataram que o grupo alvo desta operação, que conta com apoio de brasileiros localizados em outros países, foi responsável pelo aliciamento dos dois passageiros presos à época.
Durante as apurações, também foi identificado o uso de documentos falsos, incluindo um passaporte, que seriam usados para que um dos alvos deixasse o país de forma clandestina. A PF pediu o cancelamento dos documentos.
As penas previstas para o crime internacional de drogas e associação para o tráfico podem passar de 35 anos de prisão.
Polícia Federal de Campinas cumpre mandados em operação contra tráfico internacional de drogas
Polícia Federal/Divulgação
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