Como as telas têm impactos diferentes para meninos e meninas, segundo especialista

Durante visita ao Brasil, Jonathan Haidt conversou com o Fantástico sobre os próximos passos após a proibição do celular nas escolas. Telas têm impactos diferentes para meninos e meninas, diz autor de ‘Geração Aniosa’
Durante visita ao Brasil, o psicólogo social e professor universitário norte-americano Jonathan Haidt, conversou com o Fantástico sobre como pais e mães podem ajudar os jovens a se libertar do vício das telas, e redescobrir os prazeres reais.
Haidt é autor do best-seller “A Geração Ansiosa: como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais”, se tornou referência no assunto. Ele destacou um ponto crucial: os impactos das tecnologias digitais não são iguais para meninos e meninas.
“Para elas, o problema são as redes sociais. Garotas são mais ligadas umas nas outras. Elas querem mapear quem está mais amigo de quem. E depois que elas entram nas redes sociais, as comparações não param”
Segundo o especialista, o ambiente digital se torna um terreno fértil para fofocas, exclusões, dramas e até assédio.
“Garotos pedindo nudes, todo tipo de coisa ruim acontece com as meninas nas redes sociais. E a saúde mental delas piora. Os dados são contundentes”, alerta.
Meninos e o prazer imediato
Já entre os meninos, o padrão de comportamento é diferente.
“Para os garotos, não é muito claro se o pior são as redes sociais. Eles ficam dependentes do que dá prazer imediato. Começa com videogame, muito videogame, depois vem a pornografia”, explica Haidt.
O papel dos pais
Durante visita ao Brasil, o especialista também comentou sobre os próximos passos após a proibição do celular nas escolas.
“A orientação de especialistas sempre foi: conheça os seus filhos, converse, monitore as redes sociais. Explique os perigos. Mas isso não está funcionando. Depois de ganhar um celular ou entrar em redes sociais, o adolescente vai ficar muito bom em esconder o que tiver que esconder dos pais. E aí começa uma batalha na família. Daí a importância de adiar: os filhos não devem ter rede social antes dos 16”.
Veja a reportagem completa no vídeo abaixo:
Redes sociais só depois dos 16 e quartos sem tela à noite são dicas para adolescência saudável
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