Buscas por Juliana Marins duraram 4 dias e enfrentaram clima adverso e difícil acesso; veja a cronologia


Em entrevista coletiva, o governo da Indonésia detalhou o processo de resgate de Juliana Marins, que caiu durante uma trilha rumo ao cume do Monte Rinjani no sábado (21). Jovem de 26 anos foi achada morta nesta terça-feira (24). Juliana Marins, que esperava resgate na Indonésia, é encontrada morta
As buscas por Juliana Marins, brasileira de 26 anos que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, começaram no sábado (21) e duraram quatro dias.
As equipes de resgate enfrentaram dificuldades de acesso ao local, condições meteorológicas adversas, falhas em equipamentos (corda curta para a operação) e relatos desencontrados passados à família. Na manhã desta terça-feira (24), os familiares confirmaram que Juliana foi encontrada morta.
Em uma entrevista coletiva, o governo indonésio detalhou o processo de tentativa de resgate e afirmou que cerca de 50 pessoas participaram da operação, entre agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), outros órgãos de governo e alpinistas da região.
Natural da cidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana era formada em publicidade e propaganda pela UFRJ e atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia e já havia visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
Juliana Marins foi achada morta em trilha de vulcão; Monte Rinjani, na Indonésia, em foto de dezembro de 2014
Skyseeker/Flickr/Creative Commons
Confira abaixo a cronologia:
Sexta-feira, 20 de junho
Juliana Marins entrou no Parque Nacional do Monte Rinjani na sexta-feira (20) e estava com um guia e um grupo de 5 pessoas de várias nacionalidades, de acordo com o governo indonésio.
Ela entrou por uma região chamada Sembalum, um dos acessos para a escalada do Monte Rinjani.
Sábado, 21 de junho
Juliana caiu durante uma trilha rumo ao cume do Monte Rinjani às 4h, pelo horário local.
De acordo com informações recebidas pela família de uma turista que estava na trilha, a jovem reclamou de cansaço, e o guia disse para ela parar no caminho para descansar e depois reencontrar o grupo.
Ao retornar ao local onde a jovem parou para descansar, o guia viu que ela havia caído no penhasco. Foi então que ele e o grupo decidiram retornar à base.
A Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia informou que o alerta sobre o acidente só foi recebido às 9h40, após o relato do guia. De acordo com o órgão, a demora ocorreu devido à longa distância entre o local da queda e o ponto de apoio mais próximo.
Cerca de 3 horas após a queda, Juliana foi filmada na encosta por drones de turistas espanhóis.
Equipes locais deram início às operações de busca, que se prolongaram por vários dias e foram interrompidas várias vezes por conta do mau tempo.
A família chegou a ser informada de que os resgatistas haviam alcançado Juliana e levado comida e água até ela. Mais tarde, porém, a informação foi desmentida.
Juliana Marins durante sua viagem para a Ásia
Reprodução
Domingo, 22 de junho
No fim da madrugada, equipes realizaram uma reunião de coordenação e deram continuidade às buscas por Juliana.
Um drone térmico tentou registrar imagens de Juliana, mas não conseguiu filmá-la por causa das condições climáticas.
Segunda, 23 de junho
O resgate foi retomado. O drone voltou a operar e localizou Juliana, aparentemente deitada e imóvel entre as rochas. Ela estava de 400 a 500 metros abaixo do ponto da queda.
Basarnas informou que o terreno do Monte Rinjani estava mais instável do que o imaginado. Apesar de terem levado uma tela de segurança e uma maca para o resgate, a corda mais longa disponível tinha 250 metros e foi insuficiente.
Equipes de resgate retornaram em busca de equipamento adicional.
Terça, 24 de junho
A trilha onde Juliana caiu foi fechada para evitar aglomeração de turistas curiosos.
Socorristas voltaram a descer a encosta e montaram um acampamento avançado em um penhasco, próximo ao local onde ela estava.
O pai da jovem, Manoel Marins, embarcou para a Indonésia para acompanhar as buscas.
Equipes desceram o equivalente a um Morro do Corcovado para encontrá-la.
Juliana foi encontrada morta pelos resgatistas.
Infográfico mostra que Juliana Marins, turista que caiu em uma trilha na Indonésia, deslizou mais de 650 metros, mais do a altura do Corcovado.
Editoria de arte/g1
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