Embaixador afirmou ao g1 que civis foram atingidos nos ataques israelenses, mas que situação no Irã está estável. O embaixador do Irã no Brasil, Abdollah Nekounam Ghadirli, afirmou em entrevista à GloboNews que “toda ação terá reação” após os ataques de Israel a instalações nucleares iranianas. Em entrevista ao g1, o diplomata reiterou que civis foram atingidos durante a ofensiva, mas garantiu que não há risco à população nem aos brasileiros que vivem no país.
“Certamente, cada ação terá uma reação. Atacar as instalações nucleares de um país que é membro do Tratado de Não-Proliferação e que está sob inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica é uma violação clara do direito internacional”, disse.
Ghadirli afirmou que os ataques aconteceram na madrugada do dia 13 de junho, enquanto os iranianos descansavam em casa, véspera de um feriado religioso. “Mulheres, crianças e civis foram atacados e agredidos. Esses ataques não foram iniciados por nós — eles nos foram impostos.”
Brasileiros no Irã
Segundo o embaixador, apesar da escalada das tensões, a situação no Irã permanece estável e sem ameaças à população. “De acordo com as notícias e a situação atual, não há nenhum tipo de ameaça à população em geral, incluindo os brasileiros”, afirmou.
O Itamaraty informou ao g1 que acompanha a situação por meio da embaixada do Brasil em Teerã. Atualmente, vivem no Irã cerca de 200 brasileiros, segundo dados oficiais.
Estreito de Ormuz e tensão global
Questionado sobre a possibilidade de o Irã fechar o Estreito de Ormuz — rota estratégica para o escoamento de petróleo — o embaixador evitou confirmar qualquer medida específica, dizendo que se trata de uma decisão “delicada”.
“Conforme as dimensões e questões envolvidas, a República Islâmica do Irã vai tomar suas decisões”, disse Ghadirli.
Relação com o Brasil e o Brics
O embaixador elogiou a nota do governo brasileiro, divulgada no último domingo (9), que condenou os ataques às instalações nucleares iranianas. Ele agradeceu publicamente ao presidente Lula e a ativistas políticos que, segundo ele, compreenderam a gravidade da situação.
“Questões humanitárias são de extrema importância. A nota brasileira foi firme e se baseou nos direitos humanos e no direito internacional”, afirmou.
Sobre o papel do Brasil como possível mediador em uma saída diplomática para o conflito, Ghadirli se limitou a dizer que “cada grupo internacional tem o seu papel” e que o Irã está aberto ao diálogo.
Acordo nuclear e confiança internacional
O diplomata defendeu o direito do Irã de enriquecer urânio a até 60%, alegando que isso não representa uma violação dos acordos internacionais. “O enriquecimento que o senhor mencionou não é um crime. O Irã é membro do TNP (Tratado de Não-Proliferação) e tem o direito de desenvolver sua tecnologia”, afirmou.
Ele também criticou países que, mesmo não sendo membros do tratado, “possuem ogivas nucleares” e não são cobrados da mesma forma.
Sobre a possibilidade de confiar em Israel após os recentes ataques, Ghadirli foi taxativo: “O regime sionista demonstrou que não é confiável. Vejam o que está acontecendo em Gaza: crianças aguardando comida, civis sendo atacados. Não há valor humanitário algum.”
“Certamente, cada ação terá uma reação. Atacar as instalações nucleares de um país que é membro do Tratado de Não-Proliferação e que está sob inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica é uma violação clara do direito internacional”, disse.
Ghadirli afirmou que os ataques aconteceram na madrugada do dia 13 de junho, enquanto os iranianos descansavam em casa, véspera de um feriado religioso. “Mulheres, crianças e civis foram atacados e agredidos. Esses ataques não foram iniciados por nós — eles nos foram impostos.”
Brasileiros no Irã
Segundo o embaixador, apesar da escalada das tensões, a situação no Irã permanece estável e sem ameaças à população. “De acordo com as notícias e a situação atual, não há nenhum tipo de ameaça à população em geral, incluindo os brasileiros”, afirmou.
O Itamaraty informou ao g1 que acompanha a situação por meio da embaixada do Brasil em Teerã. Atualmente, vivem no Irã cerca de 200 brasileiros, segundo dados oficiais.
Estreito de Ormuz e tensão global
Questionado sobre a possibilidade de o Irã fechar o Estreito de Ormuz — rota estratégica para o escoamento de petróleo — o embaixador evitou confirmar qualquer medida específica, dizendo que se trata de uma decisão “delicada”.
“Conforme as dimensões e questões envolvidas, a República Islâmica do Irã vai tomar suas decisões”, disse Ghadirli.
Relação com o Brasil e o Brics
O embaixador elogiou a nota do governo brasileiro, divulgada no último domingo (9), que condenou os ataques às instalações nucleares iranianas. Ele agradeceu publicamente ao presidente Lula e a ativistas políticos que, segundo ele, compreenderam a gravidade da situação.
“Questões humanitárias são de extrema importância. A nota brasileira foi firme e se baseou nos direitos humanos e no direito internacional”, afirmou.
Sobre o papel do Brasil como possível mediador em uma saída diplomática para o conflito, Ghadirli se limitou a dizer que “cada grupo internacional tem o seu papel” e que o Irã está aberto ao diálogo.
Acordo nuclear e confiança internacional
O diplomata defendeu o direito do Irã de enriquecer urânio a até 60%, alegando que isso não representa uma violação dos acordos internacionais. “O enriquecimento que o senhor mencionou não é um crime. O Irã é membro do TNP (Tratado de Não-Proliferação) e tem o direito de desenvolver sua tecnologia”, afirmou.
Ele também criticou países que, mesmo não sendo membros do tratado, “possuem ogivas nucleares” e não são cobrados da mesma forma.
Sobre a possibilidade de confiar em Israel após os recentes ataques, Ghadirli foi taxativo: “O regime sionista demonstrou que não é confiável. Vejam o que está acontecendo em Gaza: crianças aguardando comida, civis sendo atacados. Não há valor humanitário algum.”