Advogada que morreu após barco virar em Suape tinha sido pedida em casamento pouco antes do acidente, diz prima


Maria Eduarda Medeiros foi achada morta depois que barco onde ela estava com o namorado e a cadela de estimação virou. Serafico Pereira Cabral Junior conseguiu nadar até a costa e foi resgatado. Maria Eduarda Medeiros e Belinha, advogada e cadela de estimação que desapareceram no mar após acidente de barco na praia de Suape, no Grande Recife
Acervo pessoal
Maria Eduarda Medeiros, a advogada de 38 anos que morreu após um acidente de barco na praia de Suape, no Grande Recife, foi pedida em casamento pouco antes do acidente, segundo parentes. Prima da vítima, Tássia Medeiros disse ao g1 que ela fez o anúncio à família já a bordo da embarcação, que era pilotada pelo noivo, o médico Serafico Pereira Cabral Junior, de 55 anos.
“Ele tinha dado a ela um anel de noivado. E nesse dia, no sábado, ele pediu, realmente, em casamento para marcar a data […]. Ela mandou um vídeo para a família, bem feliz”, contou.
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O acidente aconteceu na tarde de sábado (21). Maria Eduarda passeava com a cadela Belinha e o namorado, o urologista Serafico Pereira Cabral Junior, de 55 anos, que pilotava a embarcação. Após o barco virar, o médico conseguiu nadar até a costa e foi socorrido pelos bombeiros.
O corpo dela foi achado na manhã da terça-feira (24), na praia de Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho. O animal de estimação também se perdeu no mar e não foi encontrado. O caso é investigado pela Polícia Civil (saiba mais abaixo).
“Ele sofreu escoriações, machucou o pé. Bem, fisicamente, acredito que está. Está tomando antibióticos também por causa dos machucados. Mas ele está, emocionalmente, acabado. Não tenho outra palavra para usar. Estamos todos dilacerados”, afirmou Tássia.
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De acordo com a família, o médico sempre gostou de velejar e tem um flat na praia de Muro Alto, localizada a poucos metros do Porto de Suape, em Ipojuca. O casal estava junto há cerca de seis meses e frequentava o local nos fins de semana.
Segundo Tássia, os dois iam voltar de Muro Alto no domingo (22) para participar de uma festa de São João com a família, no Recife. A parente disse, ainda, que, no vídeo enviado pela prima, era possível ver que o mar estava calmo e o dia, ensolarado.
“A gente não tem ideia de como eles foram para lá, mas, de alguma forma, a correnteza puxou para o lado de Suape, que é mais forte. Eles não conseguiram sair ali da área. Não sei como se manobra, mas ele tentou tirar o barquinho de lá e não conseguiu. Em algum momento, eles bateram numa pedra, que veio a virar o barco, porque o mar lá é muito revolto”, disse.
Depois que o barco virou, de acordo com o relato, Serafico e Maria Eduarda nadaram por horas em direção à praia. Porém, quando estavam chegando perto da costa, uma onda mais forte teria passado entre eles, e a advogada, que estava com a cadela de estimação, se perdeu no mar.
“Ele conseguiu, bem machucado, o corpo bem escoriado, já meio desidratado, chegar se segurar numas pedras”, informou Tássia.
Após pedir ajuda, o urologista foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ipojuca. A prima de Maria Eduarda disse também que não sabe se ele era proprietário do barco e possui habilitação para pilotar, mas que é experiente nesse tipo de atividade.
“A marina liberou eles para andarem e tudo mais. […] Ele era acostumado a andar com barco. Ele fazia windsurfing ou kindsurfing, algumas modalidades [aquáticas]”, contou.
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‘Duda era luz’
De acordo com Tássia Medeiros, Maria Eduarda era uma pessoa comunicativa e alegre, além de uma profissional dedicada e muito querida pelos amigos e familiares.
“Duda era luz. Dura era carnaval. Eu diria que ela viveu, nesses 38 anos, 76. Ela era agitada, era rápida, extremamente trabalhadora, batalhadora. A gente tem recebido, inclusive, ligação de clientes dela de outros estado, comovidos”, declarou.
O velório da advogada foi realizado na noite da terça-feira (24), em cerimônia no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. Para Tássia, essa rede de amigos que Maria Eduarda conquistou ao longo da vida tem ajudado a família diante do luto.
“Acho que o que segue me sustentando nesse momento é isso. O carinho, o amor que a gente tem recebido de pessoas que a gente desconhece, as mensagens que vêm chegando, muitos depoimentos de agradecimentos por coisas que ela ajudou. Os amigos em geral”, afirmou a prima.
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