Após cassar operação, Anac determina redistribuição de cotas de pousos e decolagens da Voepass em Congonhas


Sem operar voos desde março, companhia de Ribeirão Preto não atingiu regularidade suficiente para seguir com slots na temporada de inverno de 2025. Em decisão unânime, agência recusou possibilidade de empresa arrendar permissões para outras empresas para tentar reerguer finanças. Balcão de atendimento da Voepass vazio no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, no dia 11 de março de 2025
Joabe Marques e Felipe Pereira/TV Globo
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a retomada dos 20 slots – cotas para pousos e decolagens – até então pertencentes à Voepass no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), e a liberação para redistribuição e uso de outras companhias aéreas.
A decisão foi aprovada por unanimidade pela diretoria da agência, na mesma reunião que cassou, em definitivo, o certificado de operação de voos da empresa de Ribeirão Preto (SP) na terça-feira (24).
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“A manutenção dessa alocação de slots diante da inatividade da Passaredo representa um risco inaceitável de subutilização da infraestrutura aeroportuária, especialmente em um aeroporto com alta restrição de capacidade como Congonhas”, disse o relator do processo Tiago Pereira.
A decisão é válida para os slots previstos para a temporada de inverno de 2025 (Winter 25), que tem vigência entre 26 de outubro deste ano e 28 de março março de 2026.
A Voepass atendia 16 destinos em voos comerciais e já foi considerada uma das maiores do país, mas, desde 11 de março, foi proibida de operar, depois que a Anac identificou falhas em aspectos de segurança e determinou a correção dessas irregularidades. Essa auditoria foi iniciada depois de um desastre aéreo que matou 62 pessoas em agosto de 2024 em Vinhedo (SP). O incidente agravou a crise financeira da companhia.
Em decisão anterior, a Anac havia mantido os slots para a companhia, mas não a isentou dos critérios de avaliação de seu índice de regularidade, usado para perda ou manutenção desses espaços. Como não conseguiu voltar a operar voos, a empresa não atingiu a meta de 80% prevista para a temporada de verão de 2025 (Summer 25), que se encerra em outubro, nos terminais de São Paulo.
*Esta notícia está em atualização.
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