
Novo comunicado do Departamento de Estado dos EUA afirma: o visto americano é um privilégio, não um direito. A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília deu nesta quarta-feira (25) uma demonstração muito clara de como o governo de Donald Trump pretende restringir a entrada de estrangeiros no país, inclusive daqueles que planejem estudar lá.
Estudar e fazer intercâmbio nos Estados Unidos é um sonho para milhões de jovens do mundo inteiro. Em maio, o Departamento de Estado suspendeu entrevistas novas para candidatos a estudar em instituições em território americano. Os agentes consulares precisavam de mais tempo para vasculhar as redes sociais dos estudantes. A porta-voz explicou que o governo estava usando “todas as ferramentas disponíveis” para selecionar aqueles que teriam permissão para entrar no país.
Agora, um novo comunicado do Departamento de Estado formalizou a prática. O documento distribuído para consulados do mundo inteiro exige que os candidatos a visto tenham as redes sociais abertas para agilizar o processo e afirma: o visto americano é um privilégio, não um direito. O comunicado fala da necessidade de identificar solicitantes que representem uma ameaça à segurança nacional.
Embaixada americana muda processo de concessão de vistos para brasileiros; redes sociais dos candidatos serão examinadas
Jornal Nacional/ Reprodução
Ao retomar o agendamento das entrevistas, o Departamento de Estado instruiu as representações no exterior a buscar indícios de hostilidade contra os cidadãos, a cultura, o governo e as instituições dos Estados Unidos.
Mais de 1 milhão de pessoas foram do exterior para estudar em universidades americanas em 2024 – um recorde. Os países que mais enviaram estudantes foram Índia e China.
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