
AEON consegue manipular e inspecionar objetos dentro de fábricas depois de analisar vídeos gravados por funcionários. Desenvolvedores dizem que ‘aprendizado por imitação’ torna robô útil para áreas com pouca mão de obra. Robô que aprende com vídeos começa a ganhar espaço em fábricas e indústrias
Um novo robô é capaz de assistir e copiar humanos em atividades manuais. O objetivo é que ele sirva como um colega de trabalho em áreas com pouca mão de obra, dizem os desenvolvedores.
Batizado de AEON, ele foi criado para aprender a manipular e inspecionar objetos por meio de vídeos gravados por funcionários reais que os movimentos necessários para fazer determinadas atividades.
Essas imagens são usadas para treinar o modelo de inteligência artificial usado pelo robô, que consegue executar as tarefas com a ajuda de 22 sensores.
O método é chamado de “aprendizado por imitação”, em que o robô tenta replicar pessoas reais após analisar vídeos feitos por elas.
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Robô humanoide AEON usa método conhecido como aprendizado por imitação
Divulgação/Hexagon
Esta é a sexta geração de robôs humanoides produzida nos últimos dois anos pela divisão de robótica da empresa sueca Hexagon.
Os desenvolvedores dizem que melhoraram a locomoção do robô e que, com rodinhas nos pés, ele é até quatro vezes mais rápido que pessoas reais.
O AEON também cria “gêmeos digitais”, em que espaços de empresas são refeitos em ambientes virtuais. A ideia é simular a rotina da linha de produção para analisar o que pode torná-la mais eficiente.
Robô AEON
Divulgação/Hexagon
A Hexagon disse que o robô começará a ser testado em algumas fábricas até o final deste ano. E que ele será útil para empresas do setor automotivo, aeroespacial, de transporte e logística, por exemplo.
Esses são alguns dos setores da indústria com pouca de mão de obra, disse à Reuters o presidente da divisão de robótica da Hexagon, Arnaud Robert.
“A geração mais velha está se aposentando, a geração intermediária não está mais interessada nessas tarefas e a geração mais jovens certamente quer fazer outras coisas”, afirmou.
Ao menos em um primeiro momento, o AEON eve ser oferecido como um assistente doméstico, adiantou o executivo.
“Estamos focando primeiro em ambientes industriais”, disse. “Depois, analisaremos a hospitalidade. Há muitos casos de uso diferentes em hospitalidade, podem ser hotéis, instalações de gestão de cuidados para idosos e assim por diante”.
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Robô AEON
Divulgação/Hexagon
Robô AEON
Divulgação/Hexagon
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