
Com o país liderando o setor na América Latina, universo dos games movimenta comércio, fomenta novos negócios e atrai quem busca qualificação profissional no interior paulista. Mercado gamer ganha destaque na região noroeste paulista
O que para muitos ainda parece só um passatempo ou uma brincadeira, está se consolidando como um setor estratégico que movimenta bilhões e impulsiona a economia brasileira: o mercado gamer, que reúne tudo que está ligado à criação e venda de produtos para jogos eletrônicos, seja em computadores ou consoles. Ele vem crescendo tanto que já conta com cursos de qualificação profissional, em cidades como São José do Rio Preto (SP), para quem deseja seguir carreira na área.
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É o caso de Igor Gabriel Lujão Bazi, auxiliar administrativo, que passa horas do dia na frente da TV jogando. “Meu pai me deu meu videogame quando eu tinha uns 7, 8 anos. Era um PlayStation 2, eu amava. Minha vida era estudar e jogar”, lembra.
Igor tem mais de 600 jogos baixados e afirma já ter jogado todos. Ele é considerado um gamer, termo usado para quem se dedica intensamente aos jogos eletrônicos, muito além de um simples hobby. Para acompanhar os lançamentos, ele investe em controles, fones de ouvido e outros equipamentos.
Igor tem mais de 600 jogos e é considerado um gamer.
Reprodução/TV TEM
Esse universo movimenta muito mais do que apenas tempo de tela. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o setor de produtos gamer, que inclui desde computadores e acessórios até cadeiras especializadas, cresceu 18% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. O Brasil, inclusive, já é o maior mercado gamer da América Latina.
A alta na demanda é sentida também por empresários como Roberto Alexandre e Renan Alexandre, irmãos que mantêm uma loja com assistência técnica e venda de eletrônicos voltada para o público gamer. “Sempre o gamer tem que vir aqui. Os jogos vão melhorando, e as pessoas têm que buscar peças melhores para rodar tudo isso”, explica Roberto.
O setor de produtos gamer, que inclui desde computadores e acessórios até cadeiras especializadas, cresceu 18% no primeiro trimestre deste ano.
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Com o crescimento, os irmãos pensam em expandir para o e-commerce, mas esbarram na escassez de profissionais qualificados.
“É um ramo muito grande, e são poucas as pessoas que dominam essa área de tecnologia gamer. Nem toda faculdade ensina realmente a trabalhar com isso. Então, quem quiser investir, tem mercado”, diz Renan.
Para suprir essa demanda, algumas instituições oferecem cursos voltados à formação de profissionais para atuar em áreas como e-commerce, programação, criação e design de jogos. São cerca de 20 cursos específicos ligados ao universo gamer.
Nos cursos voltados para o mercado gamer, os alunos aprendem sobre e-commerce, programação, criação e design de jogos.
Reprodução/TV TEM
Em um dos cursos, os alunos aprendem a modelar personagens em 3D, que depois podem ser impressos em esculturas colecionáveis. “Essa nova geração consome muito mais games. O cenário brasileiro está em expansão, com muitas empresas surgindo, e existe ainda a possibilidade de trabalhar remotamente para o exterior”, afirma Leani Rosa, professora de design gráfico e também gamer.
Segundo ela, os cursos livres ajudam os interessados a se familiarizar com o setor antes de decidir por uma formação mais avançada, como uma faculdade. “É um jeito da pessoa ter contato com isso, e a galera gosta bastante”, completa.
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