Falso Marco Rubio: golpista usa IA para se passar por chefe da diplomacia dos EUA e enganar autoridades internacionais


Telegrama enviado pelo EUA s embaixadas mostra que golpista entrou em contato com chanceleres, além de um governador e um deputado. Caso foi revelado pelo jornal ‘Washington Post’. Vídeos em alta no g1
Uma voz gerada por inteligência artificial se passou pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e entrou em contato com três chanceleres estrangeiros e duas autoridades americanas. As informações foram reveladas pelo jornal “The Washington Post” nesta terça-feira (8).
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Na última semana, segundo o jornal, o governo dos Estados Unidos enviou um telegrama a todas as embaixadas e consulados do país. O texto recomenda que as equipes alertem parceiros externos sobre contas falsas e tentativas de golpes.
Segundo o documento, em meados de junho, o “falso Marco Rubio” abordou os chanceleres, um governador americano e um deputado federal por meio do aplicativo Signal. O golpista deixou recados de voz para pelo menos dois deles. Os áudios não foram divulgados.
“O autor provavelmente pretendia manipular as vítimas com textos e áudios gerados por IA para obter acesso a informações ou contas”, diz o documento.
Nem o telegrama nem as autoridades americanas apontaram um responsável pelo golpe. Também não há informações sobre os países que podem ter sido vítimas da farsa.
Um alto funcionário do Departamento de Estado disse à Reuters que o governo está ciente do incidente e investiga o caso.
“O Departamento leva a sério sua responsabilidade de proteger informações e adota medidas constantes para reforçar a segurança cibernética e evitar novos incidentes”, afirmou sob condição de anonimato.
O incidente ocorre poucas semanas após o jornal “Wall Street Journal” ter noticiado que autoridades federais investigam uma tentativa de se passar pela chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles.
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O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em 20 de maio de 2025
REUTERS/Jonathan Ernst
Segundo ataque
O telegrama de início de julho também relata uma tentativa anterior de golpe, ocorrida em abril, atribuída a um hacker ligado à Rússia. Os alvos eram ativistas, dissidentes do Leste Europeu e ex-funcionários do Departamento de Estado.
Nesse ataque, o autor usou um endereço de e-mail falso com domínio “@state.gov” e copiou logotipos e elementos visuais oficiais.
“O invasor demonstrou amplo conhecimento dos padrões de nomenclatura e da documentação interna do departamento”, afirma o texto.
As mensagens foram enviadas para contas pessoais do Gmail, com o autor se passando por um funcionário do Departamento de Estado. Parceiros do setor privado atribuíram a campanha a um agente cibernético ligado ao Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia.
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