
Três animais que viviam no Bioparque apresentaram sintomas semelhantes e laudo aponta para condição genética. Jacaré-do-pantanal (Caiman yacare).
Reprodução/Bioparque Pantanal
Três jacarés-do-pantanal (Caiman yacare) que pertenciam a mesma ninhada, ou seja, eram irmãos, morreram no Bioparque Pantanal após apresentarem Doença Renal Crônica. A informação foi confirmada em nota publicada pelo aquário.
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Segundo o médico veterinário responsável pelo Bioparque, Edson Pontes Fernandes, que assina a nota técnica, a doença é considerada degenerativa, progressiva e observada com “frequência crescente em répteis sob cuidados humanos”.
Conforme a nota, os animais apresentaram sintomas como letargia (cansaço), redução de apetite, perda de condição corporal e desidratação.
“Doenças renais hereditárias geralmente se manifestam de forma precoce, são progressivas e apresentam baixa responsividade terapêutica. Em répteis, essas enfermidades são plausíveis e devem ser consideradas sempre que houver padrões familiares recorrentes sob condições de manejo uniformes”, diz a nota.
O veterinário destaca no documento que os três jacarés compartilhavam o mesmo ambiente, recebiam a mesma alimentação e estavam expostos às mesmas condições físico-químicas da água. O laudo da necropsia aponta para causas de base genética.
A espécie
O jacaré-do-pantanal é encontrado, principalmente, no Pantanal mas, também está presente desde o norte da Argentina até o sul da Amazônia.
A espécie pode chegar até 3 metros de comprimento e sua alimentação é composta por caranguejos, caramujos, insetos, peixes e outros vertebrados aquáticos.
A reprodução acontece de janeiro a março, quando são construídos ninhos com folhas e plantas onde são depositados de 20 a 30 ovos.
Conforme o Bioparque, a caça clandestina, a seca, as queimadas e atropelamentos s]ao sérias ameaças ao jacaré-do-pantanal.
Aquário de água doce
Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS).
Divulgação/Bioparque Pantanal
Com a expectativa de unir cultura, turismo e conhecimento, o Bioparque Pantanal foi inaugurado em 2022. Desde então, o parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, passou a abrigar o maior aquário de água doce do mundo, com quase 5 milhões de litros de água.
O principal atrativo do Bioparque Pantanal é o circuito que forma o maior aquário de água doce do mundo, onde o visitante tem contato com as principais espécies de peixes do Pantanal e dos 5 continentes. A cenografia dos 33 tanques é de autoria do artista plástico, cenógrafo e ambientalista, Roberto Alves Gallo, que reproduz os ambientes de forma fiel.
Os animais típicos do Pantanal como jacarés, sucuris e vários peixes compõe o ambiente aberto ao público. Uma passarela ainda na área externa conduz ao mirante de contemplação de aves e outros animais em seu habitat natural, o Parque das Nações Indígenas.
Além da visitação, o Bioparque oferece uma experiência que une educação, pesquisa e conservação, promovendo projetos de pesquisa e conservação de espécies, valorizando o bem-estar dos animais e orientando seus visitantes pela educação ambiental.
Peixes do Bioparque recebem ração com medicamento à base vegetal e animal
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