
Caso aconteceu no fim de junho. Suspeito foi indiciado por feminicídio, estupro de vulnerável, tentativa de homicídio e sequestro com extorsão. Criança foi feita refém por 10 horas. Casal havia namorado por três anos e estava casado há dois meses, período em que passou a morar na casa onde o crime ocorreu
Reprodução Fabiano Minatto/EPTV / Redes sociais
A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou um cárcere privado que durou 10 horas em Guaxupé (MG) no fim de junho. Dário José de Almeida Júnior, de 28 anos, foi indiciado por feminicídio, extorsão mediante sequestro, tentativa de homicídio qualificado e estupro de vulnerável.
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Segundo a Polícia Civil, a investigação foi conduzida de forma minuciosa e célere. Foram colhidos depoimentos de mais de 20 pessoas, incluindo testemunhas, familiares, policiais e pessoas próximas à vítima. Perícias criminais, exames médico-legais e análises de registros e documentos para reunir provas também foram feitos.
Ao final dos trabalhos, o investigado foi indiciado por feminicídio majorado, extorsão mediante sequestro qualificado, tentativa de homicídio qualificado — por emboscada e contra agentes de segurança pública — e estupro de vulnerável. O inquérito foi remetido ao Ministério Público para as providências legais cabíveis.
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Cárcere privado
O caso aconteceu no dia 28 de junho, no bairro Jardim Novo Horizonte. Dário José de Almeida Júnior assassinou a esposa, Anelise de Carvalho Gomes, de 26 anos, dentro da casa onde moravam havia cerca de três meses. Em seguida, manteve em cárcere privado a sobrinha da vítima, uma criança de 8 anos, por aproximadamente 10 horas.
Durante a negociação, o homem exigiu resgate em dinheiro e chegou a atirar contra a viatura da Polícia Militar. O suspeito ainda enviou mensagens à polícia dizendo ter abusado da criança.
A menina foi libertada no fim da tarde, em bom estado de saúde, e levada ao pronto-socorro da cidade. Pouco depois, Dário se entregou e foi preso em flagrante. O corpo de Anelise foi encontrado em um colchão na sala da casa com marcas de tiro. A arma usada no crime foi apreendida, junto com munições e carregadores.
Cárcere privado em Guaxupé: homem se rendeu e foi preso em flagrante no fim da tarde
Polícia Militar
A Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva no dia seguinte ao crime. Na decisão, o juiz destacou a alta periculosidade do acusado, a frieza com que agiu e o risco de novos crimes.
O caso causou forte comoção na cidade de pouco mais de 50 mil habitantes. Moradores descreveram Anelise como uma mulher dedicada, trabalhadora e sonhadora, que cursava técnico de enfermagem e sonhava com uma carreira na saúde.
Dário, que até então não havia demonstrado comportamento violento segundo os parentes, tem passagens anteriores por agressão, perturbação do sossego e embriaguez. Ele permanece preso no presídio de Guaxupé/Guaranésia.
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