Vereadora de MT é cassada e se torna inelegível por 8 anos por compra de votos e caixa 2


Monnize Costa (União Brasil) e o pai Eder de Moraes Dias respondem por abuso de poder econômico, compra de votos e arrecadação e gastos ilícitos de recursos, durante as eleições de 2024. Vereadora Monnize Costa (União Brasil) e o pai Eder de Moraes Dias
Reprodução
A Justiça Eleitoral de Mato Grosso cassou o diploma e anulou os votos atribuídos à vereadora de Diamantino, a 209 km de Cuiabá, Monnize Costa (União Brasil), nesta quarta-feira (9), por abuso de poder econômico, compra de votos e arrecadação e gastos ilícitos de recursos. A decisão ainda tornou inelegíveis por oito anos, ela e o pai, o ex-secretário da Fazenda Eder de Moraes Dias, apontado como operador financeiro da campanha.
O g1 entrou em contato com a parlamentar, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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Eles ainda foram condenados ao pagamento de multa no valor de R$ 53.205,00. O juiz Raul Lara Leite, da 7ª Zona Eleitoral comunicou oficialmente a Câmara Municipal e ordenou o envio do processo ao Ministério Público Eleitoral, que deve avaliar a abertura de ação penal pelos crimes apurados.
Durante as investigações, foi encontrado um caderno de anotações contendo diversos registros de pagamentos paralelos, valores combinados com eleitores e gastos não declarados. Uma das provas traz a assinatura de um eleitor ao lado de uma anotação que citava “20 votos = R$ 5.000”. Em defesa, o eleitor alegou que a informação já constava no caderno quando assinou, mas não convenceu o juiz, que entendeu como compra de votos.
Também foram apreendidos R$ 6 mil em espécie no quarto de hotel onde Eder estava hospedado, às vésperas da eleição. Além de despesas simuladas e omissão de gastos com material de campanha.
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Conforme a Justiça, o valor total de campanha anotado no caderno variava de R$ 250 mil a R$ 300 mil, o que supera o teto legal de R$ 39.426,22.
A decisão atende aos pedidos feitos em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) proposta pelo candidato Edimilson Freitas (PL). Ele concorria ao cargo de vereador nas eleições e perdeu para Monnize.
Monizze é médica, pós-graduada em pediatria e foi eleita vereadora por Diamantino em 2024, com 377 votos (2,94%). Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela declarou patrimônio de R$ R$ 1.024.617,85.
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