Ex-marido de Ana Pink é condenado por ameaças contra influenciadora de Ribeirão Preto


Decisão é referente à época que Maiclérson Gomes da Silva estava preso na Penitenciária de Araraquara (SP) e teria enviado um recado agressivo à ex-mulher por meio do advogado. Ele nega as acusações. Ex-marido de Ana Pink é condenado por ameaças contra influenciadora
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o empresário Maiclérson Gomes da Silva a um mês e cinco dias em regime aberto por ameaças contra a ex-mulher, a blogueira Ana Pink. Os dois foram casados por cinco anos.
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A decisão é referente à época que Maick estava preso na Penitenciária de Araraquara (SP), em dezembro de 2023, quando, segundo Ana Pink, o ex-marido teria enviado um recado agressivo à ela por meio do advogado, falando que ‘conhecia bastante gente lá fora e poderia ser pior para ela’ e que ‘estava pra sair, pois, já tinha pago a cadeia’ e que iria atrás de Ana Pink.
Em abril de 2023, os dois foram condenados a 13 anos de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Por ter um filho pequeno, Ana Pink ganhou o direito de cumprir a prisão em casa. (veja mais abaixo)
Procurado pela EPTV, afiliada da TV Globo, Maick negou ameaças contra a ex-mulher.
Maiclérson Gomes da Silva
Arquivo pessoal
O caso aconteceu durante um encontro com o advogado na tentativa de um acordo em que Maick pedia R$ 15 mil por mês para a blogueira. Ele foi solto há quase quatro meses, depois de ficar três anos na cadeia.
Além da condenação, Maick não pode ter contato com Ana Pink e precisa obedecer um limite de, no mínimo, 300 metros da ex-mulher.
Esquema de lavagem de dinheiro
Ana Pink e Maick foram condenados a nove anos de prisão em abril de 2023 por envolvimento em esquema fraudulento de empréstimos consignados para lavar dinheiro e obter, ilegalmente, mais de R$ 10 milhões. Eles negam os crimes.
As investigações começaram após denúncia do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 2022, que apontou:
operações bancárias em nome de terceiros
aquisição de dados indevidos no sistema previdenciário por meio de hackers
saques em valores expressivos
movimentações incompatíveis com a renda declarada
Segundo as investigações, o casal fechava contratos em nomes de terceiros sem o consentimento deles. Ao menos 360 mil pessoas tiveram dados pessoais expostos pelo esquema criminoso.
Para isso, o Gaeco apontou que eram obtidas informações sigilosas de beneficiários do sistema previdenciário por uma empresa de software no Vale do Paraíba, que invadiu e explorou a base de dados do INSS.
Ana Pink e Maick Gomes foram detidos em operação do Gaeco em Ribeirão Preto, SP
Redes Sociais
Essas planilhas compradas por Ana Pink, segundo as autoridades, continham dados como tipo de benefício a receber, existência de eventuais impedimentos, limites para empréstimos, banco e conta em que o pagamento é feito.
Esse mesmo tipo de dado, de acordo com as denúncias, também era obtido por programas-robôs, desenvolvidos por outro investigado, que permitiam a invasão remota do sistema previdenciário
Segundo as autoridades, entre agosto de 2020 e março de 2021, informações sensíveis de mais de 360 mil beneficiários foram extraídas e destinadas aos envolvidos.
No dia da prisão de Ana Pink e Maick, também foram apreendidos documentos e extratos bancários. Além disso, a Justiça bloqueou os bens avaliados em R$ 114 milhões do casal e de outros suspeitos.
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