‘Imperador do crédito’ é preso em SC suspeito de chefiar esquema que capturou também filha de Mr. Catra


Operação em quatro estados mira o golpe do empréstimo consignado, que teria movimentado cerca de R$ 5 milhões ilegalmente nos últimos anos. Operação mira fraude na portabilidade de empréstimos consignados
Augusto Germano da Silva Kuntze foi preso em Santa Catarina durante uma operação que investiga o “golpe do empréstimo consignado” (entenda mais abaixo a prática). Deflagrada na quarta-feira (9) em quatro estados, a ação também deteve Julia Garcia Domingues, filha do funkeiro Mr. Catra, no Rio de Janeiro.
Autointitulado como “Imperador do crédito”, Augusto Germano foi apontado como chefe do esquema criminoso que teria movimentado cerca de R$ 5 milhões nos últimos anos. Além de Santa Catarina e Rio de Janeiro, os mandados foram cumpridos no Acre e em Minas Gerais.
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Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que também atuou na operação, os criminosos contavam com ramificações em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina e aplicavam o golpe da falsa portabilidade de empréstimo bancário em outros estados do país.
Na operação, foi bloqueado R$ 1 milhão do crime organizado. Os policiais também apreenderam diversos materiais, como aparelhos celulares e notebooks. Os crimes investigados são:
Organização criminosa;
Falsidade ideológica;
Falsificação de documentos;
Lavagem de dinheiro;
As investigações continuam para identificar demais envolvidos no esquema criminoso. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Augusto Germano, preso na cidade de Balneário Barra do Sul, no Litoral Norte catarinense.
Suspeito de golpe do consignado é preso em operação em SC e outros estados do Brasil
Ministério da Justiça e Segurança Pública
Como o grupo agia
Os criminosos induziam as vítimas – em sua maioria aposentados e pensionistas – a contratar um novo empréstimo, sob o falso argumento de que a operação seria necessária para quitar um contrato anterior.
Como atrativo, ofereciam supostas condições mais vantajosas, como juros mais baixos e prazos maiores para pagamento.
A investigação apontou que o grupo era bem estruturado, com divisão de tarefas entre os integrantes – desde a abordagem das vítimas até a intermediação fraudulenta com instituições financeiras e a ocultação dos valores obtidos.
Segundo a delegada Josy Lima Leal Ribeiro, titular da Delegacia de Defraudações do Rio, os estelionatários e passavam por consultores financeiros e ofereciam propostas para reduzir os juros dos empréstimos.
“As vítimas, convencidas pelos golpistas, acabavam contratando novos empréstimos. No fim, ficavam com novas dívidas, enquanto os criminosos ficavam com o valor total do 2º contrato”.
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