Polícia indicia por homicídio culposo tutores de rottweilers que mataram criança em MG


Guilherme Gabriel Couto, de 12 anos, morreu depois de ser atacado por dois cachorros enquanto jogava bola em um lote vago, ena cidade de Itabira, em março deste ano. Guilherme Couto morreu depois de atacado por dois cães em Itabira (MG)
Arquivo pessoal
A Polícia Civil indiciou os tutores dos cachorros da raça rottweiler que mataram Guilherme Gabriel Couto, de 12 anos, em Itabira, na Região Central de Minas Gerais. O menino foi atacado pelos cães enquanto jogava bola em um lote vago, em março deste ano (relembre o caso mais abaixo).
Um homem, de 27 anos, e uma mulher, de 45, devem responder pelo crime de homicídio culposo, quando uma pessoa causa a morte de outra sem intenção, mas por imprudência, negligência ou imperícia.
Segundo a polícia, o laudo pericial apontou “falhas significativas” nas condições de guarda dos animais, “o que teria possibilitado o acesso deles à via pública no momento do ataque”.
“Em razão da negligência evidenciada na manutenção da contenção e segurança dos cachorros, os tutores foram indiciados pelo crime de homicídio culposo, previsto no artigo 121, parágrafo 3º, do Código Penal”, informou a instituição.
Com o indiciamento, cabe ao Ministério Público decidir se apresenta uma denúncia à Justiça. Caso o Judiciário aceite, os acusados viram réus e vão a julgamento.
Ataque de rottweilers
Corpo de menino atacado por cães é velado em Itabira
Em 12 de março deste ano, Guilherme Gabriel Couto jogava bola em um lote vago no bairro Santa Marta, em Itabira, quando foi surpreendido pelos cachorros. Os animais tinham fugido da casa dos tutores por um buraco na cerca do quintal.
Moradores socorreram o menino às pressas para o pronto-socorro da cidade. No entanto, devido à gravidade das lesões, ele foi transferido para Hospital João XXIII, referência em atendimento de urgência na capital mineira. No dia 16, ele teve a morte cerebral confirmada.
Na época, o tutor dos animais procurou um batalhão da Polícia Militar, explicou que seus vizinhos o avisaram sobre o ataque e disse que chegou a correr para a rua onde os bichos estavam, mas foi ameaçado por alguns homens.
Já o tio de Guilherme contou à reportagem que o dono dos cães foi ao local, afirmou que os animais não estavam respeitando ele e aconselhou que ninguém se aproximasse.
A PM seguiu até a rua onde a criança foi atacada e fez disparos para espantar os cachorros, que voltaram para o imóvel onde viviam. Já na casa do tutor, os rottweilers continuavam descontrolados, avançaram sobre os policiais e foram mortos a tiros.
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