É #FAKE que Climatempo tenha anunciado onda de frio mais intensa de todos os tempos no Brasil


A Climatempo esclarece que os modelos meteorológicos oficiais não preveem nova frente fria significativa nos próximos dias. g1
Brasil não enfrentará frio sem precedente
Publicações nas redes sociais dizem que o Brasil teria uma das ondas de frio mais intensas da história, com base em uma suposta previsão do Climatempo. É #FAKE.
selo fake
g1
🛑 O que diz a publicação?
Uma publicação do último dia 6 de julho no Facebook, com o título “Onda de frio histórica vai atingir todo o Brasil”, traz com grande dose de alarmismo informações sobre a próxima onda polar no Brasil. Segundo o texto, o Brasil irá registrar temperaturas negativas, geadas e até neve em regiões inesperadas, no que seria “uma das ondas de frio mais intensas da história recente”.
O frio extremo estaria previsto, pela previsão falsa, para “os próximos dias”.
O texto das redes cita o Climatempo e atribui ao serviço de meteorologia o alerta de que essa nova onda de frio faria com que temperaturas de cidades da serra catarinense cheguem aos -10 °C. Já as capitais São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Vitória registrariam “algumas das menores temperaturas das suas histórias”.
O frio seria tamanho que até mesmo regiões do Norte e do Nordeste seriam impactadas pela queda das temperaturas.
A queda generalizada das temperaturas no país se daria por conta de um fenômeno atmosférico chamado de “ampliação polar”.
⚠️ Por que a publicação é falsa?
Ao Fato ou Fake, o meteorologista Cesar Soares, da Climatempo, diz que a chegada da uma rigorosa onda de frio em todo o território brasileiro não condiz com as previsões oficiais do serviço. Pelo contrário: a tendência é que, no Centro-Sul, haja um aumento das temperaturas médias e um período de dias de inverno típicos — definido por madrugadas e manhãs frias sem nebulosidade e tardes ensolaradas, com elevação gradual das temperaturas máximas.
Previsão de temperatura máxima para o dia 13 de julho de 2025 às 15h (horário de Brasília).
Inmet
Soares diz que os modelos da Climatempo confirmam, sim, novas ondas de frio no Centro-Sul brasileiro, mas somente próximo da virada para o mês de agosto. A previsão exclui quedas bruscas de temperatura no Norte e no Nordeste.
“Teremos sim, mais para o final de julho, novas massas de ar frio que irão provocar a queda de temperatura, mas é uma queda dentro do normal do inverno. O que essa publicação diz é que o país, em sua totalidade, enfrentaria uma onda sem precedentes. Não é verdade.”
O meteorologista avalia que o texto pertence a um contexto de “surpresa” da população com um inverno mais típico — diferentemente do ano passado, quando, sob influência do El Niño, ondas de calor atravessaram a estação mais fria do ano.
“O que está acontecendo nesse ano é que as pessoas estão lembrando o que é um inverno comum. Ano passado, houve ondas de calor nessa época, e o inverno mesmo praticamente não existiu.
Por fim, perguntado sobre o fenômeno “ampliação polar” citado no texto, Soares explica que o termo está sendo usado fora do contexto e, portanto, incorretamente: “A ampliação polar define um processo de avanço das calotas polares por conta de frios intensos. Estamos vendo, ao longo dos anos, o fenômeno contrário: um derretimento das calotas em uma taxa superior ao congelamento delas, tanto no Polo Norte quanto no Polo Sul. Ou seja, não faz sentido essa relação”.

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