
Segundo mapeamento da Mensa Brasil, são 2 mil crianças e adolescentes e 3,1 mil adultos com altas habilidades no país. Testes serão realizados no próximo dia 26 em Brasília. Criança montando peças de brinquedo, em imagem de arquivo
Unsplash
O Brasil chegou à marca de 5,1 mil pessoas com superdotação – também chamadas de “superinteligentes” – segundo levantamento da Associação Mensa Brasil.
Desse total, 2 mil são crianças e adolescentes, e 3,1 mil são adultos. Com esses números, o Brasil ocupa a sexta posição no ranking global da Mensa Internacional, ao lado do Japão. (Veja mais abaixo)
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A Mensa é a principal organização mundial voltada a pessoas com alto quociente de inteligência (QI) e está com inscrições abertas para testes coletivos que buscam identificar pessoas com inteligência acima da média.
➡️As inscrições devem ser feitas pelo site e o exame será realizado no dia 26 de julho. O local e os horários serão informados após a inscrição.
Podem participar dos testes pessoas com 17 anos ou mais que estejam cursando ou tenham cursado o ensino superior, mesmo que não tenham concluído. As provas são presenciais e acompanhadas por um profissional de psicologia.
“Identificar pessoas com inteligência acima da média é uma ferramenta fundamental para ajudar o Brasil a desenvolver políticas públicas nas áreas de superdotação e educação inclusiva, que hoje não alcançam a população a ser atendida. Se cerca de 5% da população é superdotada e menos de 39 mil têm atendimento na educação escolar, por exemplo, significa que o Brasil falha em identificá-los”, explica Carlos Eduardo Fonseca, presidente da Associação Mensa Brasil.
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Mas, o que é a superdotação? 🤔
Segundo a neuropsicopedagoga Olzeni Ribeiro, a principal característica da superdotação é a atividade metabólica intensa do cérebro. Ou seja, o processamento de informações se dá de forma muito rápida.
Para se ter uma ideia, Olzeni explica que o organismo metaboliza a glicose mais rápido em pessoas superdotadas para que elas tenham mais energia para fornecer para o cérebro.
“A superdotação é uma condição do neurodesenvolvimento. Tem o fator inteligência envolvido, mas principalmente uma facilidade de aprender. Um dos mitos que a gente tem aqui no Brasil é definir a superdotação pelo QI [Quociente de Inteligência]”, explica a especialista.
Olzeni aponta que um superdotado não necessariamente tem o QI elevado. A superdotação também não é voltada para uma área específica, mas sim para o funcionamento da pessoa. Há características que são comuns, mas não há um padrão de perfil para superdotados.
Algumas características de quem tem superdotação incluem:
Distúrbios do sono (como sonambulismo e terror noturno);
Intensidade (tato, sons, cheiros e emoções podem ser sentidos de forma muito mais exacerbada);
Senso de justiça muito aguçado;
Necessidade de questionar;
Autocobrança;
Perfeccionismo;
Baixa tolerância à frustração;
Memória acima da média.
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🗺️Top 6 países com mais superdotados identificados pela Mensa
Estados Unidos – 43 mil pessoas
Grã-Bretanha – 17 mil pessoas
Alemanha – 16 mil pessoas
Suécia – 7,2 mil pessoas
República Tcheca – 6 mil pessoas
Brasil e Japão – 5 mil pessoas (cada)
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