VÍDEO: homem em prancha solta baleia presa em rede de pesca em SC; Ibama apura conduta


Homem em prancha se aproxima e solta baleia presa em rede de pesca em SC. Vídeo: @c.anselmo, @gabrielederkacz e @gersonbaroni
Um vídeo flagrou o momento em que um homem solta uma rede de pesca presa em uma baleia-franca-austral acompanhada de um filhote em Palhoça, na Grande Florianópolis. As imagens, que viralizaram nas redes sociais, mostram que ele se aproxima da baleia com uma prancha e usa um remo para soltar o apetrecho (assista acima).
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no entanto, afirma que a intervenção direta nestes animais deve ser feita por órgãos ambientais competentes e investiga a conduta do homem que aparece nas imagens (veja mais abaixo).
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A soltura aconteceu no sábado (12) e cenas foram divulgadas nas redes sociais por fotógrafos, em uma publicação conjunta. O post tem mais de 80 mil visualizações e supera os 500 comentários. A maioria, com elogios à atitude do homem.
A baleia já havia sido vista enrolada à rede pela equipe do ProFRANCA, que monitora os animais no litoral do estado, na quinta-feira (10), quando estava em um trecho na praia da Ponta do Papagaio, em Palhoça.
Segundo o superintendente do Ibama em Santa Catarina, Paulo Maués, uma avaliação técnica concluiu que o grau de enrosco era superficial e não interferia nos comportamentos naturais do animal, como a amamentação e os cuidados com o filhote.
Segundo ele, a medida mais segura para evitar o agravamento da situação foi permitir que a rede se desprendesse naturalmente. Por isso, os órgãos especializados optaram por não realizar a soltura.
O g1 não conseguiu contato com o responsável pela retirada do apetrecho.
Rede presa à baleia foi retirada por homem em Palhoça (SC)
Redes sociais/ Reprodução
Situações frequentes
Ainda na quinta-feira, quando a baleia foi avistada com sinais de enredamento, o ProFRANCA informou que monitorava o animal.
Eles viram que era uma fêmea com um filhote e que a rede estava presa de forma leve na região das calosidades da cabeça da mãe. Isso indicava que ela pode ter passado por uma rede maior e parte dela ficou presa no corpo.
Conforme Eduardo Renault-Braga, gerente do projeto, essa situação acontece com certa recorrência.
“É relativamente comum na região e, na maioria dos casos, as baleias conseguem se livrar sozinhas dos resíduos, pois o atrito com as calosidades costuma romper as redes”, afirma o pesquisador.
O comportamento registrado até então também era compatível com o esperado para a espécie durante o período reprodutivo, segundo o projeto, quando é comum que as baleias fiquem paradas ou nadem lentamente por longos períodos.
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