Grande Recife tem quatro das 20 cidades com os piores índices de saneamento básico do país, diz estudo


Imagem de arquivo mostra esgoto a céu aberto no Recife
Reprodução/TV Globo
Pernambuco tem quatro das 20 cidades brasileiras com os piores índices de um ranking nacional de saneamento básico. Segundo o levantamento, os municípios investiram, em quatro anos, menos de 65% do que seria necessário para universalizar o acesso à rede de esgoto e água tratada.
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O estudo, divulgado nesta terça-feira (15), foi elaborado pelo Instituto Trata Brasil com a consultoria GO Associados e avaliou a situação dos cem municípios mais populosos do país, com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis).
As quatro cidades pernambucanas que figuram nas piores colocações ficam na Região Metropolitana:
Olinda, que ficou em 82º lugar e perdeu onze posições em relação ao ranking anterior;
Recife, que ficou em 83º lugar e perdeu oito posições;
Paulista, que ficou em 84º lugar e caiu uma posição;
Jaboatão dos Guararapes, que ficou em 89º lugar e caiu duas posições.
Nenhuma cidade do estado apareceu entre os 20 municípios mais bem avaliados. Segundo o estudo, o grupo dos 20 últimos colocados apresentou, entre 2019 e 2023, um investimento médio de R$ 78,40 em saneamento por habitante. O gasto necessário para a universalização seria de R$ 223,82.
Ainda de acordo com o levantamento, Jaboatão ficou entre as dez piores colocadas em dois índices do ranking: o Indicador de Atendimento Total de Água, em 95º lugar; e o de Coleta Total de Esgoto, na 92ª colocação.
Além disso, Petrolina, no Sertão do estado, também ficou entre os dez piores desempenhos no Indicador de Atendimento Total de Água, em 92º lugar.
Governo de Pernambuco anuncia projeto de concessão parcial da Compesa
Coleta de esgoto
O sistema de esgotamento sanitário da capital e dos outros três municípios da Região Metropolitana é administrado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) em parceria com a empresa BRK.
Atualmente, Pernambuco tem uma cobertura de coleta de esgoto de 34% e de 86% no fornecimento de água tratada, de acordo com a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos.
Em dezembro do ano passado, o governo do estado anunciou o projeto de concessão à iniciativa privada de parte dos serviços realizados pela empresa pública, sob a promessa de universalizar o serviço até 2033, com investimento total de R$ 18,9 bilhões em 35 anos.
O g1 entrou em contato com a Compesa para falar sobre os dados do levantamento, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
Veja, no vídeo abaixo, mais informações sobre o projeto de concessão dos serviços da Compesa:
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