Assaltante que matou agente da CET em serviço é condenado a 26 anos de prisão; câmera corporal gravou ação


Câmera de agente da CET gravou o momento em que foi baleado em SP
A Justiça de São Paulo condenou Luan Schiavotto Gomes a 26 anos de prisão pela morte do agente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) José Domingos da Silva, de 48 anos. O crime aconteceu durante uma tentativa de assalto em março deste ano, na Zona Oeste da capital.
A câmera corporal acoplada no uniforme da vítima gravou o momento em que o assaltante o aborda e efetua os disparos (vídeo acima).
A decisão foi proferida na segunda-feira (14) pela 25ª Vara Criminal da Barra Funda.
José estava em serviço e, segundo testemunhas, fotografava um caminhão quando foi abordado pelo assaltante em uma moto azul. Ele usava uma bolsa de aplicativo de entrega. A vítima reagiu e entrou em luta corporal com o homem, que disparou ao menos quatro vezes antes de fugir.
De acordo com a sentença, Luan, junto de um comparsa ainda foragido, abordou o agente da CET na Rua Francisco Santoro, na região do Parque Chácara do Jockey, exigindo a aliança da vítima.
LEIA TAMBÉM:
Roubos e furtos de alianças crescem 68% no 1º trimestre em SP
Roubo de alianças: investigação revela esquema de assaltos, receptação e lavagem
Polícia faz ação para devolver alianças a vítimas roubadas e furtadas em SP
Além do latrocínio, o acusado também foi condenado por outro roubo cometido cerca de 20 minutos antes, em um bairro vizinho. Nesse caso, a vítima teve uma aliança de ouro roubada após ser ameaçada.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) apontou Luan como autor dos dois crimes com base em vídeos das câmeras corporais, imagens de câmeras de segurança, reconhecimento pessoal feito pela vítima do primeiro roubo e semelhanças físicas detalhadas — como tatuagens.
Assaltante matou agente da CET em março de 2025
Reprodução
Para o juiz Carlos Alberto Corrêa de Almeida Oliveira, o conjunto probatório foi “claro, coerente e suficiente para a condenação”. O magistrado afirmou que as provas foram produzidas dentro da legalidade.
“É lamentável, pelas imagens analisadas, a forma como os autores atuaram com pouca valia pela vida alheia e a um preço tão caro por causa de uma mera aliança, ainda que de ouro”, escreveu o magistrado.
Homenagem
No dia do sepultamento de José Domingos, agentes da CET realizaram um ato em homenagem ao colega e pararam suas viaturas na Ponte Estaiada, na Zona Sul de São Paulo. Eles também percorreram, em comboio, vias da cidade.
Agentes de trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) fazem homenagem ao colega morto.
Abrão Cruz
Adicionar aos favoritos o Link permanente.