
Educar também é preparar para a vida
Shutterstock
Durante décadas, o desempenho escolar esteve diretamente associado a notas. Provas, boletins e rankings eram considerados os melhores termômetros para medir o sucesso de um aluno. Em 2025, esse olhar já não é mais suficiente. Universidades e empresas passaram a valorizar e exigir habilidades que não cabem em números: empatia, resiliência, responsabilidade, autoconhecimento e trabalho em equipe. “A realidade atual nos pede uma ação educativa mobilizadora, inspiradora, que auxilie o educando a viver em um mundo cada vez mais desafiador, no qual verdades e referências são questionadas o tempo todo”, afirma o psicoterapeuta Leo Fraiman, criador da Metodologia OPEE e referência nacional em projetos de vida e orientação profissional.
Essa virada de chave tem começado dentro das escolas. Atentas às transformações sociais e às novas demandas de um mundo mais dinâmico, instituições de ensino têm buscado integrar ao currículo práticas pedagógicas que desenvolvem competências socioemocionais desde os primeiros anos da formação dos estudantes. A FTD Educação é uma das protagonistas desse movimento, com a proposta da Metodologia OPEE — Organização, Planejamento, Empreendedorismo e Educação.
O que universidades e empresas buscam vai além do boletim
Shutterstock
Educação com propósito e protagonismo
Mais do que um material didático, a OPEE é uma proposta de transformação que une atividades lúdicas, jogos, debates e reflexões para despertar o protagonismo dos estudantes. “Nosso curso é um momento em que os alunos conversam, pesquisam, jogam, debatem, se conhecem, descobrem novas realidades e aprimoram habilidades socioemocionais. Eles são sensibilizados a se tornarem agentes transformadores, entendendo que a distância entre seus sonhos e suas conquistas depende das próprias atitudes”, explica Fraiman.
No Centro Educacional Sesc Cidadania, em Goiânia, a metodologia já mostra resultados concretos. A diretora da instituição, professora Darlei Dario, afirma que o uso da OPEE tem transformado o comportamento e o engajamento dos alunos dentro e fora da sala de aula. “A empatia na escuta do outro e a autonomia na tomada de decisão têm evoluído significativamente nos trabalhos em grupo propostos nos diferentes componentes curriculares”, observa.
Segundo ela, as habilidades mais evidentes no dia a dia escolar são o autoconhecimento, o empreendedorismo e a gestão financeira, trabalhadas intencionalmente junto a projetos como o Antibullying, a Feira do Empreendedor Mirim e ações interdisciplinares com a matemática. “Com uma aula semanal de Projeto de Vida no Ensino Médio, os estudantes também desenvolvem estratégias de controle emocional para os exames e vestibulares externos, além de ampliarem sua visão sobre possibilidades profissionais, como aconteceu na Feira das Profissões”, completa Darlei.
Embora os reflexos diretos ainda estejam em construção, o movimento já é notado por famílias e instituições de ensino superior. De acordo com uma pesquisa da HSM Management publicada em março de 2025, 68% dos recrutadores de grandes empresas afirmam priorizar habilidades como empatia, proatividade e inteligência emocional em processos seletivos de estagiários e recém-formados. Além disso, universidades no Brasil e no exterior vêm adotando critérios mais amplos em suas seleções, analisando o envolvimento do estudante com projetos sociais, liderança e trabalho em grupo.
Para as escolas, implementar uma solução socioemocional estruturada deixou de ser apenas um diferencial pedagógico: tornou-se uma estratégia de captação e fidelização de famílias. “O que os pais buscam hoje são escolas que acolham, orientem e preparem seus filhos emocionalmente para os desafios da vida real”, reforça Fraiman. “Inspirar as novas gerações a sonharem com um mundo mais humano, mais justo e mais feliz é a missão da OPEE e da FTD Educação.”
Empatia e responsabilidade ganham espaço no currículo escolar
Shutterstock
Educar para o futuro
A educação humanizada, baseada no respeito, no diálogo e na valorização das potencialidades de cada estudante, parte do princípio de que todos têm capacidade de aprender e evoluir. E que o papel da escola é proporcionar um ambiente seguro, onde isso seja possível.
Para dar conta dessa missão, não basta decorar fórmulas ou tirar boas notas. É preciso formar cidadãos inteiros, conscientes de si e de seu papel no mundo. Como conclui Darlei Dario, “essas mudanças são lentas e exigem continuidade, mas já fazem parte do nosso Projeto Político Pedagógico. O trabalho com as habilidades socioemocionais deu mais forma e sentido ao que já vínhamos fazendo. E o retorno dos alunos tem mostrado que estamos no caminho certo.”