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O vitiligo é uma condição que vai muito além de uma mancha branca na pele. Para muitas pessoas, ele afeta a autoestima, a confiança e gera dúvidas sobre como surge e por que acontece. Se você chegou até aqui querendo entender melhor quais são os tipos de vitiligo, como diferenciá-los e quais tratamentos podem ajudar, está no lugar certo.
Neste artigo, vamos responder às perguntas mais comuns sobre o tema, sempre com informações baseadas em evidências médicas.
O que é vitiligo e por que ele aparece?
O vitiligo é uma doença que causa perda de melanócitos, células responsáveis por produzir melanina, o pigmento que dá cor à pele. Quando esses melanócitos desaparecem ou param de funcionar, surgem manchas esbranquiçadas em diferentes partes do corpo.
Ainda não se sabe exatamente por que isso acontece, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e, em alguns casos, emocionais.
Quais são os 7 tipos de vitiligo?
Essa é uma das perguntas que muita gente faz no Google. Nem sempre as classificações são apresentadas da mesma forma em todos os artigos, mas, de maneira geral, podemos listar os tipos de vitiligo mais reconhecidos pela dermatologia:
Vitiligo não segmentar (generalizado): é o mais comum, com manchas simétricas que aparecem em ambos os lados do corpo, como nas mãos, joelhos e rosto;
Vitiligo segmentar: ocorre geralmente em apenas um lado ou área do corpo e tende a surgir mais cedo;
Vitiligo focal: manchas pequenas e isoladas, sem padrão de distribuição;
Vitiligo mucoso: aparece apenas em mucosas, como dentro da boca ou área genital;
Vitiligo universal: quando mais de 50% da pele perde a pigmentação;
Vitiligo acrofacial: afeta extremidades, como dedos das mãos e dos pés, e regiões do rosto;
Vitiligo vulgar: um dos quadros mais comuns, tendo as manchas distribuídas em várias partes do corpo;
Vitiligo misto: combina características do vitiligo segmentar e não segmentar.
Cada tipo pode evoluir de forma diferente. Por isso, é importante o acompanhamento dermatológico para entender a melhor estratégia de cuidado. Também é importante frisar que a classificação varia de acordo com a localização e a extensão das manchas.
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Quais são os 4 tipos de vitiligo generalizado?
Quando as pessoas buscam essa informação, geralmente querem saber como o vitiligo pode se apresentar em áreas maiores do corpo. Dentro do vitiligo não segmentar, que é o generalizado, há formas específicas:
Acrofacial: atinge rosto e extremidades;
Vulgar: lesões distribuídas amplamente em várias regiões;
Mucoso: acomete mucosas;
Misto: mescla áreas generalizadas com segmentares.
Lembrando que esses nomes ajudam os médicos a entender a extensão e planejar o tratamento, mas todos fazem parte do espectro não segmentar.
Como identificar se é vitiligo?
Essa dúvida é muito comum, porque manchas claras podem ter várias causas, como pitiríase versicolor (micose), hipopigmentação pós-inflamatória ou outras condições.
Sinais que ajudam a desconfiar de vitiligo:
Manchas brancas com contorno bem definido;
Pele mais sensível ao sol nessas áreas;
Ausência de descamação;
As manchas tendem a ser mais frequentes nas mãos, boca, nariz, olhos, genitais, joelhos, cotovelos, tornozelos e região lombar;
Aparecimento gradual e tendência a aumentar de tamanho.
O diagnóstico deve sempre ser confirmado pelo dermatologista, que pode usar a lâmpada de Wood (luz ultravioleta) e, em alguns casos, biópsia.
Os tipos de vitiligo têm relação com falta de vitamina?
Muitas pessoas se perguntam: “Qual a falta de vitamina que causa vitiligo?”. Na prática, não existe uma única vitamina cuja deficiência provoque a doença.
O que se sabe é que pessoas com vitiligo podem ter menor quantidade de algumas vitaminas e antioxidantes, como:
Vitamina B12;
Vitamina C;
Ácido fólico.
Mas isso não significa que só tomar vitaminas vai resolver. A reposição deve ser feita apenas quando existe deficiência comprovada. Alimentação equilibrada, exposição moderada ao sol e acompanhamento médico são essenciais.
Vitiligo tem cura? Quais são os melhores tratamentos?
Essa é outra pergunta muito frequente. O vitiligo não tem cura definitiva, mas existem tratamentos que ajudam a controlar o avanço e repigmentar a pele.
Entre os principais estão:
Cremes com corticosteroides inibidores da calcineurina;
Fototerapia com UVB de banda estreita;
Laser excimer;
Cirurgia de transplante de melanócitos em casos selecionados.
Os resultados variam muito de pessoa para pessoa. O tratamento é um processo que exige paciência e disciplina. Além disso, o uso diário de protetor solar é fundamental, tanto para proteger a pele desprotegida quanto para evitar contraste maior entre áreas afetadas e saudáveis.
“Mesmo quem trabalha em sistema de home office, precisa desses cuidados. Às vezes, negligenciamos ou achamos que por não estarmos em contato direto com o sol, não precisamos de protetor solar, por exemplo, mas ele é indispensável para manter a saúde da nossa pele”, conclui Eliane Messias, farmacêutica responsável pela Rede Drogal.
O que causa o vitiligo emocional?
Embora não seja uma causa isolada, situações de estresse intenso ou de algum evento traumático podem atuar como gatilho para o surgimento ou piora do vitiligo. Problemas emocionais podem interferir no sistema imunológico e favorecer reações autoimunes que atacam os melanócitos.
Se você percebeu que seu quadro piora em momentos de tensão, vale procurar acompanhamento psicológico como parte do tratamento.
Quais cuidados diários ajudam quem tem vitiligo?
Os tipos de vitiligo podem se comportar de maneiras diferentes, mas alguns hábitos fazem bem em todos os casos:
Aplicar filtro solar todos os dias, inclusive em dias nublados;
Evitar traumas na pele (cortes, machucados);
Manter hidratação regular com cremes calmantes;
Usar maquiagem ou produtos específicos se desejar disfarçar as manchas;
Consultar o dermatologista periodicamente.
No dia a dia, produtos da linha de dermocosméticos para o rosto ajudam a manter a pele saudável e preparada para o tratamento.
Se quiser conhecer mais opções, a Drogal criou o festival de dermocosméticos que também oferece alternativas que podem ser incluídas na rotina.
Farmacêutica responsável
Eliane Messias Rodrigues – CRF ativo: CRF/SP 43.895
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