
A produção de soja dos cooperados da Frísia na safra 2024/2025 alcançou 4.450 kg por hectare no Paraná e 3.800 kg por hectare no Tocantins. O resultado é cerca de 10% superior ao da safra anterior. Com 100 anos de história, completados em 2025, e quase uma década no Tocantins, a Frísia é a mais antiga cooperativa de produção do Paraná e a segunda do Brasil, contando com cerca de 1,1 mil cooperados e 1,2 mil colaboradores.
O presidente da Frísia, Geraldo Slob, afirma que o resultado da cooperativa se deve a um conjunto de ações que visam auxiliar os cooperados a otimizar seus recursos, reduzir custos e ampliar o potencial produtivo das áreas. “Esses números foram impulsionados pela tecnologia, pesquisa e condições climáticas favoráveis. Os dois primeiros fatores estão sob nosso controle, pois investimos constantemente em inovação. Temos um corpo técnico com alta capacidade que se soma ao trabalho eficiente da Fundação ABC, nossa parceira e referência em pesquisa no Brasil”, destaca Slob.
A cooperativa investiu recentemente R$ 53,7 milhões em melhorias em unidades dos dois estados, como um novo escritório de insumos em Carambeí (PR), barracões climatizados nas Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS) em Ponta Grossa (PR) e Tibagi (PR) e obras nos armazéns e secadores de grãos em Paraíso do Tocantins e Dois Irmãos do Tocantins.
Em 2024, a Frísia faturou R$ 5,79 bilhões, produzindo 362,2 milhões de litros de leite; 826,8 mil toneladas de grãos; 93 mil toneladas de produtos florestais; e 27,9 mil toneladas de carne suína.
História
A trajetória da Cooperativa Frísia começou em 1911 quando as primeiras famílias holandesas se estabeleceram na região dos Campos Gerais, motivadas por um plano de colonização estabelecido pela Brazil Railway Company.
Coube a esses pioneiros, em 1925, uma das primeiras iniciativas de criar uma cooperativa de produção no Brasil, com sete sócios e uma produção leiteira de 700 litros por dia (atualmente, essa é a quantidade de leite registrada por minuto), produzindo manteiga e queijo que eram comercializados em Ponta Grossa, Castro, Curitiba e São Paulo. Isso só foi possível graças à união das quatro pequenas fábricas existentes, originando a Sociedade Cooperativa Hollandeza de Lacticínios.
Três anos depois, a sociedade deu origem à marca Batavo. A partir de 1943, com a chegada de novos imigrantes, o quadro social da cooperativa se expandiu, iniciando o processo de introdução da cultura mecanizada e aprimoramento genético na atividade pecuária, com a vinda dos primeiros gados puros da raça holandesa. Importados diretamente da Holanda, esses animais tornaram a região referência em produtividade com qualidade.
Em 1954, surgiu a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná Ltda. (CCLPL) e a marca Batavo foi incorporada à CCLPL para industrialização de produtos para o varejo. Já em 1997, a CCLPL transformou-se na Batávia S.A. e, em 2007, foi totalmente incorporada por outra empresa do setor. Em 2011, a cooperativa retornou à industrialização, com a produção dos seus cooperados. Foi inaugurada a Central de Processamento de Leite Frísia. Em agosto de 2015, a Batavo Cooperativa Agroindustrial decide mudar sua denominação social para Frísia Cooperativa Agroindustrial. Em 2016, a Frísia concretizou seu plano de expansão, inaugurando seu primeiro entreposto fora do estado de origem, no Tocantins.