
Animal foi encontrado ferido na Praia da Chácara, em Porto de Moz, e devolvido ao rio após atendimento veterinário
CMCBPA
Militares do Corpo de Bombeiros resgataram, neste sábado (19), um golfinho que ficou preso em uma rede de pesca na Praia da Chácara, em Porto de Moz, na região do Xingu, no Pará. O animal apresentava ferimentos e foi atendido por um veterinário antes de ser devolvido ao Rio Xingu. O salvamento, considerado um registro raro, foi acompanhado por moradores da comunidade.
A ação foi realizada pelo Sargento Valente e pelo Cabo Machado, que integram a Operação Verão, força-tarefa de segurança e prevenção montada para o período de férias escolares e aumento do fluxo nos balneários da região.
Segundo os militares, o animal estava parcialmente imobilizado pela rede e demonstrava sinais de exaustão. Após o atendimento veterinário emergencial, o golfinho foi transportado com cuidado e devolvido com segurança ao rio.
Espécie típica da Amazônia
Embora a espécie exata não tenha sido confirmada oficialmente, o animal resgatado pode ser um exemplar do boto-cinza (Sotalia fluviatilis) ou do boto-vermelho (Inia geoffrensis) — duas espécies de golfinhos de água doce encontradas na bacia amazônica. Ambas enfrentam riscos crescentes de captura acidental, perda de habitat e poluição dos rios.
Segundo especialistas, a presença de golfinhos nos rios da região é um indicador de qualidade ambiental. Por isso, ações como essa têm importância ecológica, especialmente em áreas próximas a comunidades ribeirinhas, onde o uso de redes de pesca é comum.
Risco de redes e preservação
O enredamento em apetrechos de pesca é uma das principais ameaças à vida de golfinhos e botos na Amazônia. Além do risco físico, os animais feridos muitas vezes não conseguem retornar ao seu habitat natural, o que compromete a sobrevivência de populações locais.
A cena do resgate emocionou moradores que acompanharam de perto o salvamento na praia. O Corpo de Bombeiros reforçou o alerta sobre o uso responsável de redes de pesca e a importância de denunciar práticas que coloquem em risco a fauna aquática da região.
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