
Imagem do interior de caverna do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu
Reprodução/TV Globo
Minas Gerais é o estado brasileiro com o maior número de patrimônios reconhecidos pela Unesco, totalizando cinco bens inscritos na Lista do Patrimônio Mundial. Desses, quatro são culturais e um é natural, destacando o estado tanto no cenário nacional quanto internacional.
No último domingo (13), o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no Norte do estado, foi reconhecido, pela biodiversidade e importância geológica, como Patrimônio Mundial Natural da Humanidade (veja vídeo abaixo).
Já entre os bens culturais, estão Ouro Preto, Congonhas, Diamantina e o Conjunto Moderno da Pampulha, que refletem, respectivamente, a riqueza histórica, arquitetônica e cultural de Minas Gerais.
Além dos patrimônios mundiais, o estado também recebeu um importante reconhecimento internacional: o modo de fazer o Queijo Minas Artesanal (QMA) foi inscrito na Lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
O último título ressalta as tradições e práticas relacionadas à produção do queijo, um produto que tem papel central na cultura e economia de diversas regiões de Minas Gerais.
Unesco reconhece Peruaçu como Patrimônio Mundial Natural da Humanidade
Confira abaixo os títulos mineiros:
1. Cidade Histórica de Ouro Preto (1980)
A cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, foi o primeiro bem brasileiro a ser incluído na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco, em 1980. A cidade é considerada um museu a céu aberto do barroco mineiro, com um conjunto arquitetônico colonial preservado e obras que se destacam pela riqueza de detalhes.
Igreja São Francisco de Assis, na cidade histórica de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais
Xará/Divulgação
2. Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (1985)
Congonhas, no estado de Minas Gerais, é conhecida pelas 66 esculturas da Via-Crucis e pelos 12 profetas em pedra-sabão, esculpidos por Aleijadinho. O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, que abriga essas obras, é um exemplo significativo do rococó mineiro e um importante patrimônio histórico e cultural da região.
Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas, patrimônio cultural da humanidade reconhecido pela Unesco
Pedro Ângelo/G1
3. Centro Histórico de Diamantina (1999)
Localizada na Região Central de Minas Gerais, Diamantina foi o maior centro de exploração de diamantes do mundo durante o século 18. A presença marcante dos colonizadores portugueses moldou as tradições e os hábitos locais, refletidos na arquitetura do Centro Histórico — com suas ruas de pedra, igrejas e casarões coloniais.
Centro histórico de Diamantina
Divulgação/Iphan
4. Conjunto Moderno da Pampulha (2016)
Projetado por Oscar Niemeyer, com jardins de Burle Marx e azulejos de Portinari, o Conjunto Moderno da Pampulha é um marco da arquitetura moderna brasileira. Formado pela Igreja São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e o Iate-Tênis Clube, o conjunto se integra harmoniosamente ao espelho d’água, na capital mineira.
A Igrejinha da Pampulha faz parte do Conjunto Arquitetônico da Pampulha
Marcelo Rosa/ Acervo Belotur
5. Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (2025)
A 670 quilômetros de Belo Horizonte, no encontro das cidades de Itacarambi, Januária e São João das Missões, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu abriga mais de 250 cavernas, algumas gigantescas, com mais de 100 metros de altura. No local, pesquisadores já encontraram pinturas rupestres de quase 12 mil anos e cânions de até 200 metros de profundidade.
Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais
Arquivo pessoal
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‘Jeitin’ de fazer queijo artesanal 🧀
O tradicional modo de fazer o Queijo Minas Artesanal (QMA) foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em dezembro de 2024. A prática, que já era considerada Patrimônio Cultural do Brasil desde 2008, representa um importante símbolo da cultura e da identidade mineira.
Queijo Minas Artesanal: uma identidade mineira
Produzido há mais de três séculos em diversas regiões do estado, o queijo é feito com leite cru e segue um processo totalmente manual, sem uso de máquinas ou processos industriais. Essa tradição, mantida por pequenos produtores rurais, é passada de geração em geração e preserva técnicas que garantem sabor e qualidade únicos.
Além de seu valor cultural, a produção do QMA tem forte peso econômico: é uma das principais atividades da agricultura familiar em Minas Gerais.
Afinal, qual a diferença entre patrimônio material e imaterial?
Segundo a Unesco, patrimônios materiais são aqueles que você pode ver e/ou tocar, como prédios, cidades e paisagens naturais. Já os imateriais são as tradições, saberes, festas, línguas e práticas culturais que mantêm vivas as identidades dos povos.
Material: Ouro Preto, Congonhas, Diamantina, Pampulha e Cavernas do Peruaçu
Imaterial: modo de fazer do Queijo Minas Artesanal
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