Cesta básica custa quase metade do salário mínimo em junho na capital, aponta pesquisa


Pesquisa identificou variações de preços em produtos da cesta básica em Rio Branco
Divulgação
Em contramão ao mês de maio que registrou queda de cerca de R$ 13, o custo da cesta básica em Rio Branco apresentou alta no mês de junho, segundo levantamento feito pelo Departamento de Estudos, Pesquisas e Indicadores (Deepi), da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan-AC), e divulgado na última semana.
A cesta alimentar, que reúne os produtos de maior peso no orçamento das famílias, fechou junho custando R$ 586,80, um aumento de 1,72% em relação a maio, quando custava R$ 578,05.
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Os dados, coletados na segunda quinzena em 54 estabelecimentos comerciais da capital, apontaram ainda que os produtos essenciais consumidos pelas famílias ficaram, em média, 1,92% mais caros em comparação com os seis meses anteriores.
A pesquisa considera três categorias de consumo: alimentação, limpeza e higiene pessoal. O valor total das três cestas chegou a R$ 694,20, o que representa 45,7% do salário mínimo bruto vigente no Acre, que é de R$ 1.518.
Para quem recebe o valor líquido, o comprometimento com esses itens sobe para 49,4% . Veja abaixo os itens que mais aumentaram e diminuíram de preçi:
Itens que subiram:
Pão (5,15%): R$ 85,49 por 6 kg
Banana (3,40%): R$ 63,47 por 7,5 kg
Frango (3,08%): R$ 35,84 por 2,5 kg
Itens que tiveram queda:
Arroz (-2,47%): R$ 18,07 por 3,5 kg
Manteiga (-1,69%): R$ 45,67 por 0,75 kg
Açúcar (-1,59%): R$ 12,99 por 3 kg
Produtos de higiene e limpeza foram alguns dos responsáveis pelo aumento no preço da cesta básica
Reprodução/TV Fronteira
Itens de limpeza e higiene também encareceram
A cesta de limpeza doméstica teve um aumento moderado de 0,36% e passou a custar R$ 82,33. O principal reajuste foi no inseticida (1,81%), enquanto produtos como cera para assoalho (-2,69%) e a esponja de aço (-0,87%) ficaram mais baratos.
Nos itens de higiene pessoal, a alta foi de 0,45%, com custo da cesta subindo para R$ 25,07. O barbeador descartável (3,41%) e o absorvente (1,28%) lideraram esse ranking, enquanto o papel higiênico (-2,00%) e o creme dental (-0,66%) apresentaram queda.
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Além do impacto no bolso, a pesquisa estima o tempo de trabalho necessário para adquirir os produtos essenciais. Em junho, foram necessários 100 horas e 36 minutos para comprar as três cestas, equivalente ao aumento de 1 hora e 19 minutos ao mês anterior.
Para uma família formada por dois adultos e três crianças, o custo mensal para garantir os itens de alimentação, limpeza e higiene chegou a R$ 2.429,69, o correspondente a 1,6 salários mínimos.
Segundo a Seplan, o monitoramento dos preços da cesta básica tem papel estratégico na formulação de políticas públicas voltadas ao controle da inflação e à melhoria do poder de compra da população.
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