Justiça aceita denúncia e torna sargento da PM réu por feminicídio e homicídio no Sertão da Paraíba


Sargento da PM é acusado de atirar em duas pessoas em estabelecimento de Marizópolis
Reprodução/TV Cabo Branco
A Justiça da Paraíba, por meio da 1ª Vara Mista de Sousa, aceitou a denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e tornou José Almi Pinheiro réu pelas mortes de Francisca Carla Veríssimo Ramalho e Adriano Pereira Alves, em Marizópolis, no Sertão da Paraíba. A decisão, divulgada nesta terça-feira (22), é do juiz José Normando Fernandes.
O caso aconteceu no dia 6 de maio de 2025, quando o Sargento José Almi Pinheiro foi até o local de trabalho de Carla Veríssimo, com quem teve um relacionamento, e atirou várias vezes contra ela. Em seguida, entrou no local e matou o dono do estabelecimento, identificado como Adriano Pereira Alves.
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Com a decisão, o sargento virou réu pelos crimes de feminicídio e homicídio qualificado, com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
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O Ministério Público também solicitou a manutenção da prisão preventiva do sargento e o envio da denúncia à Corregedoria da Polícia Militar da Paraíba, o que foi atendido na decisão judicial.
Novo vídeo mostra como feminicídio aconteceu em Marizópolis, na Paraíba
Defesa e acusação se posicionam sobre o caso
A defesa de José Almi afirmou que o caso se trata “de um episódio isolado e profundamente lamentável, cujas circunstâncias reais e jurídicas ainda serão devidamente apuradas durante a instrução processual”. Também declarou que “a verdade real dos acontecimentos será devidamente demonstrada nos autos processuais, com base em provas técnicas e sob os cuidados do Poder Judiciário, que é o foro adequado para análise dos elementos que envolvem o caso”.
Vítimas de homicídio e feminicídio em Marizópolis
Reprodução/TV Cabo Branco
Já o advogado das famílias das vítimas, Abdon Lopes, disse que o crime está diretamente relacionado ao fim do relacionamento entre o sargento e Carla.
“O entendimento nosso não duvida que foi ele. Ele estava insistindo na volta do relacionamento, foi um meio cruel e um motivo de ciúmes. A acusação vai buscar a pena máxima”, afirmou.
O processo segue em andamento na Comarca de Sousa e deverá ser julgado pelo Tribunal do Júri.
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