Policial de folga sacou arma e tentou parar motorista que invadiu shopping em Goiânia; vídeo


Vídeo mostra quando carro invade shopping em Goiânia
Durante a invasão de um carro em um shopping de Goiânia, um policial de folga sacou uma arma e tentou conter o motorista, segundo o delegado responsável pelo caso, Rilmo Braga. Ao g1, o investigador disse que o homem de 51 anos jogou o veículo para cima do agente. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. Uma câmera de segurança registrou o momento (veja acima).
“Ele estava vindo em alta velocidade lá dentro e desalinhando entre os corredores e lojas do shopping e nesse momento que ele passou por mim, eu já saquei a minha arma de fogo já fui atrás dele”, relatou o policial Brendon Really, em entrevista à TV Anhanguera.
O soldado da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) mencionou ainda que o seu intuito era tentar diminuir os danos. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o veículo passou pela entrada, quebrando a porta automática de vidro, e começou a andar pelos corredores. Logo em seguida, os seguranças correram atrás do carro (veja acima).
O nome do motorista não foi divulgado. Ao g1, a defesa informou que ele “enfrenta, desde os 17 anos, um quadro psiquiátrico diagnosticado, com histórico de crises que exigem acompanhamento médico e uso contínuo de medicação”. Além disso, o advogado destacou que ele é uma pessoa pacífica, sem antecedentes criminais ou comportamento agressivo (leia o pronunciamento completo ao final do texto).
O caso ocorreu na noite de segunda-feira (21), no Shopping Flamboyant, no Jardim Goiás, em Goiânia. Em nota, a assessoria do local pontuou que houve apenas danos materiais e que os seguranças atuaram até a chegada da PM, momento em que o homem foi detido. Nesta terça-feira (22), o shopping manteve o funcionamento normal, sem interdição.
Suspeita de surto psicótico
Câmeras de segurança regstraram o momento em que carro invadiu o shopping em Goiânia
Reprodução/TV Anhanguera e Arquivo Pessoal/Mariana Rocha
De acordo com o delegado, o motorista tem 51 anos, é cozinheiro, mas não trabalha há um tempo. Inicialmente, a polícia trabalha com a linha investigada de que o homem sofreu um “surto psicótico”.
O investigador destacou que o teste de bafômetro do condutor do veículo deu negativo. “Tudo indica, em razão do seu tremor e de palavras desconexas, que ele realmente passava por um surto psicótico”, declarou.
“Foi identificado que ele faz uso de medicamento controlado. Aparentemente, ele tem transtorno de esquizofrenia, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e bipolaridade. Ele não fez uso correto do medicamento”, disse Braga.
Crimes cometidos
O motorista foi preso em flagrante e deve passar por uma audiência de custódia. O delegado mencionou que ele deve responder por dois crimes previstos no Código Penal: perigo para a vida e dano qualificado com violência à pessoa ou grave ameaça.
No que diz respeito ao Código de Trânsito, o homem é suspeito de trafegar em velocidade incompatível com a segurança próximo de onde haja grande movimentação de pessoas.
Agora, a polícia irá investigar se o motorista apresenta insanidade mental para saber a capacidade jurídica para responder ou não por esses crimes.
Nota de defesa do motorista
A família lamenta profundamente o fatídico episódio ocorrido na última segunda-feira (21/07), no segundo piso do Shopping Flamboyant, em Goiânia. No entanto, informa que tudo indica trata-se de um episódio decorrente de um surto psicótico.
Ele enfrenta, desde os 17 anos, um quadro psiquiátrico diagnosticado, com histórico de crises que exigem acompanhamento médico e uso contínuo de medicação. Apesar da condição, sempre foi uma pessoa pacífica, sem qualquer antecedente criminal ou comportamento agressivo.
Na ocasião, ele estava sem a medicação prescrita, o que pode ter contribuído para a perda de noção de realidade. Exames toxicológicos realizados não identificaram a presença de álcool ou substâncias ilícitas em seu organismo.
Ele é pai, avô, filho, possui residência fixa e mantém vínculos familiares estáveis. A família reitera que ele é uma pessoa doente, que precisa de cuidados e acompanhamento, e não representa risco deliberado à sociedade, quando acompanhado e tratado.
Neste momento, os familiares estão abalados emocionalmente e pedem respeito à sua privacidade.
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