Corpo de Bombeiros procura jovem de 24 anos que desapareceu em represa de Americana
Foi encontrado o corpo do jovem que desapareceu na terça-feira passada (22), após se afogar na represa Salto Grande em Americana (SP). Segundo a Defesa Civil, Alexsander Silva de Souza, de 24 anos, foi encontrado a 1 quilômetro do local onde desapareceu, na margem oposta da represa, por volta das 12h30.
“O corpo deve ter enroscado no aguapé e com o vento forte dos últimos dias, andou. Foi feita uma grande força-tarefa e agora podemos dar um pouco de alívio pra família”, explicou João Milleta, da Defesa Civil.
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Desde o dia 22 de julho, a Defesa Civil de Americana tem feito buscas à procura do rapaz. As buscas contaram com apoio da Defesa Civil de Campinas, equipes de bombeiros, Marinha, amigos e voluntários.
Mônica Nascimento, irmã mais velha de “Alex”, disse que a família está aliviada por poder dar um enterro digno ao jovem.
“Nós estamos aliviados de encontrar ele e poder fazer um enterro e tirar ele desse lugar. Nosso sentimento é de tristeza, mas também de gratidão de ter encontrado”, desabafou a irmã.
No horário de publicação desta reportagem, a perícia estava a caminho do local onde o corpo foi encontrado. A família está no local e aguarda a liberação do corpo, para preparar o velório.
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Quem era Alexsander Silva de Souza?
Filho do meio, Alexsander Silva de Souza, de 24 anos, foi descrito pela irmã mais velha, Mônica Nascimento, como “uma pessoa muito do bem”, que sempe estava disposto a ajudar as pessoas. O jovem desapareceu na terça-feira (22), em Americana (SP), após entrar na represa de Salto Grande. As buscas por ele continuam nesta quinta (25).
Segundo Mônica, o irmão adorava ir à praia e à represa com os amigos. Um desses amigos era proprietário de uma empresa de moto aquática e lanchas, e disponibilizava os veículos para os amigos aos finais de semana.
Foi em um desses passeios, com churrasco rolando à beira d’água, que Alex se afogou. Ele pilotava uma moto aquática, com duas amigas na garupa: Sofia e Evellyn.
De acordo com a família, a moto aquática tombou e, com isso, Alex e as duas amigas caíram. O rapaz, então, tentou tirar as duas meninas da água para que elas não se afogassem e desapareceu em seguida.
“Minha mãe acha que ele fez força para salvar as meninas e depois acabou ficando sem força e se afogou”, narra a irmã mais velha.
A mãe, Ednéia Silva de Souza, afirmou em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, que Alexsander sabia nadar. Já sem esperanças, a mãe pede ajuda às autoridades para poder “dar um velório digno” ao filho.
Morador do Jardim Yeda, em Campinas, o jovem vivia com a mãe, o padrasto, a irmã mais nova Sophia e a cachorrinha “Marley”, uma poddle que adorava dormir com o rapaz. O único flamenguista da família tinha como hobby sair com os amigos e adorava viajar.
O jovem já serviu ao Exército, trabalhou com marcenaria e como montador de móveis. Apesar de ser mais reservado em casa, colecionava amigos, que já fizeram homenagens nas redes sociais.
Matheus Rodrigues conhece Alex há 17 anos e o tinha como melhor amigo. Em sua rede, ele compartilhou fotos de uma recente de viagem “que até pareceu uma despedida”.
“Irmão, eu nunca vou te esquecer. Amizade igual a nossa eu não acho mais. Um anjo do céu”, comentou o amigo.
Matheus Ribeiro homenageia o melhor amigo nas redes sociais
Reprodução/Redes Sociais
Desaparecimento
Segundo relatos da família, o desaparecimento aconteceu entre 16h30 e 17h desta terça (22), na altura da Praia Azul. Os amigos tentaram encontrar Alexsander sem sucesso, e acionaram os bombeiros, que estiveram no local com equipes de Americana, Piracicaba e Rio Claro.
A área onde Alex afundou possui de 8 a 10 metros de profundidade e contém muito lodo, o que dificulta as buscas, segundo o Corpo de Bombeiros.
As buscas começaram no fim da tarde da terça (22) seguiram por todos os dias até encontrarem o corpo nesta terça (29); A Defesa Civil de Americana atuou em parceria com Defesa Civil de Campinas, corpo de Bombeiros, Marinha, amigos e voluntários.
A família do jovem relatou que as amigas resgatadas foram levadas a um hospital e já voltaram para a casa.
“A médica disse que elas engoliram muita água e se tivessem engolido mais, poderiam ter desmaiado”, contou Mônica Nascimento.
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