
Leilão do terreno do Colégio Odorico Tavares é anunciado
Itana Alencar / g1 BA
O Governo da Bahia anunciou nesta terça-feira (29), o leilão do terreno do antigo Colégio Estadual Odorico Tavares, localizado no Corredor da Vitória, bairro nobre de Salvador. A medida foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE).
O Odorico Tavares foi fundado em 1994 e tinha capacidade para mais de três mil alunos. O fechamento aconteceu no início de 2020 e foi marcado por protestos de estudantes.
O pregão acontecerá em forma híbrida (presencial e online) e as propostas serão recebidas no Espaço Crescer, na Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na capital baiana. Os interessados também poderão entrar em contato através do site da RJ Leilões.
De acordo com o governo, as propostas poderão ser feitar a partir de 4 de setembro deste ano. Os interessados em comprar o terreno poderão visitar o local a partir de quinta-feira (31) até 3 de setembro.
A venda do colégio foi autorizada pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) após votação em janeiro de 2020. Na época, o Governo do Estado informou que o dinheiro da venda seria utilizado para construir e reformar outras escolas.
Em 2019, cerca de 300 alunos estavam matriculados e a redução de estudantes foi a justificativa do governo para decisão da venda da unidade de ensino. Ainda na época, o governo estimava que o terreno poderia render R$ 50 milhões aos cofres do estado.
Relembre a polêmica
Leilão do terreno do Colégio Odorico Tavares é anunciado
Itana Alencar / g1 BA
O tema da venda do Odorico é polêmico entre os alunos que ainda estavam na instituição. Eles fizeram ao menos três manifestações no mês de dezembro de 2019, quando foi anunciada a possibilidade de encerramento das atividades da escola.
Após a confirmação de venda pelo então governador Rui Costa, atual ministro da Casa Civil, cerca de 35 estudantes e funcionários ocuparam o colégio por quase 24 horas em ato de protesto contra o fechamento da unidade de ensino.
Três dias após a ocupação feita por estudantes e funcionários, o Colégio Estadual Odorico Tavares amanheceu com tapumes. Estudantes, professores e associados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) fizeram outro protesto na frente do prédio.
Na época, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) informou que a instalação dos tapumes foi feita para garantir a conservação do patrimônio.
Os alunos da unidade foram transferidos para colégios como o Manoel Novais (Canela), que fica a cerca de 1 km do Odorico; o Mário Augusto Teixeira de Freitas (Nazaré); e o Central (Nazaré).
Deputados autorizam a venda do Colégio Estadual Odorico Tavares