
Pedro Henrique Ferreira Danin morreu aos 2 anos em Santa Isabel
Chaiana Simão de Deus Reis/Arquivo pessoal
A Polícia Civil de Santa Isabel investiga a morte de um menino de 2 anos. Ele foi encontrado inconsciente no banheiro da casa em que morava com a mãe e o padrasto. O caso aconteceu no Parque São Benedito.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), no dia 22 de julho o padrasto da criança contou que deixou o menino no banho e, ao retornar, o encontrou caído. Neste momento, o homem buscou ajuda e um motorista que passava pelo local os levou à Santa Casa da cidade, onde a morte da criança foi confirmada.
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Na certidão de óbito consta que a causa da morte está por esclarecer.
O caso foi registrado como morte suspeita na delegacia de Santa Isabel. O delegado Rogério Alves Pereira explicou que instaurou um inquérito.
“Estão sendo ouvidos familiares, no sentido de esclarecer o ocorrido. Também estamos aguardando o laudo necroscópico. Lesão aparente não tinha, mas estamos aguardando o laudo”.
A ajudante geral Chaiana Simão de Deus Reis é avó materna da criança e suspeita que o padrasto esteja envolvido na morte do menino.
“Tem uma possibilidade dele ser o culpado. No laudo da criança está ‘a esclarecer’. O que passa na minha cabeça é que foi ele”.
O g1 tenta localizar a defesa do padrasto.
Denúncia
Segundo Chaiana, o companheiro da filha é agressivo e ciumento e teria tentado enforcar a companheira no dia 18 de julho, dias antes da morte do menino. Ela relata que nesta mesma data, o avô paterno da criança foi até a casa deles buscar Pedro para passar o final de semana com o pai, que mora em São José dos Campos.
“Ele não aceita o pai da criança. Ela [filha] desceu o escadão pra deixar a criança com o avô e subiu sorrindo. O marido achou que o pai da criança estava no carro e ela voltou sorrindo. Daí, ele bateu nela. Se a vizinha não chega, o marido ia matar ela”, contou.
No dia seguinte, Chaiana afirma que a filha pediu ajuda ao irmão, pois estava com medo do companheiro. Chaiana foi até a padaria onde a filha trabalha em Santa Isabel, para buscá-la e levá-la para sua casa.
Entretanto, no dia 20 de julho, a mãe da criança retornou para a casa onde morava com o companheiro. O avô paterno de Pedro o entregou para a mãe no dia 21 de julho, dia anterior à sua morte.
De acordo com a avó, no dia 22 à noite, a filha ligou para ela contando que Pedro tinha morrido depois de bater a cabeça e ter uma parada cardíaca, enquanto tomava banho sob os cuidados do padrasto.
“A casa estava seca. Ele disse que ia buscar uma toalha pra secar a criança e ela caiu. A casa tem câmera, na hora a câmera estava desligada. Ele falou que a câmera estava desligada. Pode ser um acidente, mas uma criança não cai, bate a cabeça e tem parada cardíaca. No hospital ele deu duas versões, primeiro que ele [Pedro] rolou a escada e depois que ele [Pedro] caiu e bateu a cabeça. O enfermeiro disse que ele entrou com asfixia e não tinha hematoma nenhum na cabeça”.
Chaiana afirma que toda vez que o padrasto ia à casa dela, quando a filha e o neto ainda moravam com ela, Pedro sentia medo. Em alguns momentos, o menino até gostava do namorado da mãe, mas segundo a avó, em outros ele não queria estar perto do homem.
“A tia da creche relatava que toda vez que o padrasto ia buscar, ele não queria ir”, relembrou.
A avó destaca que a família quer justiça.
“É uma criança inofensiva, de 2 aninhos, onde sorria, pulava, brincava. A gente quer saber a verdade, mesmo que for um acidente, a gente quer saber o que aconteceu”, desabafou aos prantos.
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