China libera 183 empresas do Brasil para exportar café após tarifaço dos EUA


Grãos de café em plantação perto de Brasilia
Adriano Machado/Reuters
A China aprovou 183 novas empresas brasileiras de café para exportar produtos para o mercado chinês, de acordo com postagem feita no sábado pela embaixada chinesa no Brasil em uma rede social.
A medida, que é benéfica aos exportadores locais após o anúncio do governo dos Estados Unidos de tarifas pesadas sobre o café brasileiro e outros produtos, entrou em vigor em 30 de julho.
As novas licenças de exportação chinesas são válidas por cinco anos, segundo a postagem.
A tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre alguns produtos brasileiros começará a vigorar em 6 de agosto.
A taxa representa um desafio para os traders de commodities e exportadores brasileiros de café, que precisam encontrar alternativas para as cerca de 8 milhões de sacas vendidas aos processadores de café dos EUA todos os anos.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil em geral, enquanto os EUA são um grande comprador de carne bovina e suco de laranja do Brasil, entre outros produtos.
Em junho, as exportações brasileiras de café para os EUA totalizaram 440.034 sacas de 60 quilos, 7,87 vezes mais do que as vendas do Brasil para a China, de quase 56.000 sacas naquele mês, de acordo com dados comerciais compilados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O Ministério da Agricultura e o Cecafé não fizeram comentários imediatos.
A autoridade alfandegária da China não pôde ser contatada imediatamente, fora do horário comercial.
O Brasil fornece cerca de um terço da demanda de café dos EUA a cada ano, um comércio avaliado em US$4,4 bilhões nos 12 meses encerrados em junho.
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