
A polícia de Jacuí (MG) investiga a relação entre as vítimas e as causas de um duplo homicídio de uma mulher de 51 anos e um homem de 84 anos. O filho da mulher é considerado o principal suspeito do crime.
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Os corpos de Aparecida Silva Ribeiro e Francisco Geraldo da Silva foram encontrados na tarde de sábado (2), parcialmente submersos dentro de um córrego, na zona rural do município. De acordo com a polícia, eles foram arremessados na água da ponte do Muro dos Escravos, às margens da BR-265.
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A polícia prendeu em flagrante Roni Edison Ferreira, de 25 anos, filho de Aparecida. Ele cumpre prisão preventiva no presídio de São Sebastião do Paraíso (MG).
A EPTV Sul de Minas, afiliada da Rede Globo procurou a Defensoria Pública, responsável pela defesa de Roni, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Relação entre as vítimas
A polícia já sabe que as vítimas foram assassinadas com várias facadas antes de serem jogadas no córrego e agora busca informações sobre um possível vínculo entre elas.
Aparecida era diarista e morava em um sítio na zona rural. Já Francisco, conhecido como “Chico da Usina”, era aposentado e morava no bairro Vila Formosa.
“A hipótese que que nós colhemos até agora, é que elas se conheciam, mas, como aqui é uma cidade pequena, elas se conheciam de vista, não tinham uma relação íntima”, afirmou o delegado Eduardo Lange.
Homem de 84 anos e mulher de 51 são encontrados mortos próximo a ponte na zona rural de Jacuí; filho de vítima é preso
Corpo de Bombeiros
Pelo menos cinco pessoas foram ouvidas pela polícia. De acordo com a polícia, mais pessoas devem prestar depoimento.
Pai e filho são suspeitos
A Polícia Militar também investiga o pai de Roni e marido de Aparecida. Ele estava no local do crime e disse à polícia que o filho lhe havia ligado dizendo que havia saído para dar uma caminhada com a mãe e foram atacados por homens encapuzados.
Ele afirmou ainda que trocou mensagens com Aparecida pouco antes do crime, confirmando que ela sairia com o filho, que teria transtornos psicológicos e histórico de uso de drogas.
Roni foi localizado em casa e apresentava escoriações nos braços. Durante buscas na casa, foram apreendidos roupas com manchas de sangue, celulares, um notebook, um simulacro de arma de fogo e outros objetos eletrônicos.
Diante dos indícios, a polícia deu voz de prisão em flagrante para o filho. Já o marido de Aparecida, inicialmente algemado por estar agitado, foi considerado apenas suspeito e liberado após prestar esclarecimentos. Ele se comprometeu a colaborar com as investigações e entregou voluntariamente seu celular para análise.
A polícia identificou várias contradições nos depoimentos de Roni e do pai. O prazo inicial para o encerramento do inquérito e apresentação da conclusões para o Ministério Público é 12 de agosto.
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