Oposição libera plenário do Senado após ocupação


Senadores desocupam plenário do Senado
A oposição no Senado decidiu desocupar nesta quinta-feira (7) o plenário principal da Casa após mais de 47 horas de ocupação.
A decisão ocorreu pouco antes da sessão deliberativa marcada pelo presidente Davi Alcolumbre (União-AP) para esta manhã.
O espaço foi liberado após reuniões entre senadores do grupo e um encontro com Alcolumbre, ocorrido na noite de quarta (6).
Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que a decisão é um “gesto” para o “restabelecimento da normalidade”.
“Fizemos um esforço hoje, junto aos nossos pares, e estamos neste momento nos retirando da Mesa do Senado da República para que os trabalhos possam fluir normalmente. Agora, às 11h, terá uma sessão virtual. Se o presidente entender por bem, poderá ser presencial. Nós estamos desobstruindo aqui, colocando nossa posição de participarmos dos debates que ocorrerão normalmente nas pauta que interessam ao Brasil”, anunciou Rogério Marinho.
Oposição desocupa plenário do Senado nesta quinta-feira (7).
Reprodução/ TV Globo
Desocupação na Câmara
Do lado da Câmara, o funcionamento já havia sido retomado na noite de quarta, após turbulentas reuniões e sob um empurra-empurra no ambiente mais importante da Casa e uma falha tentativa do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) de demonstrar força.
Senadores e deputados de oposição deflagraram o movimento de bloqueio no Congresso para tentar impor a discussão de projetos considerados prioritários para o grupo:
perdão a condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023;
fim do foro privilegiado;
e impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Ao anunciar a desocupação do plenário, o senador Rogério Marinho comemorou a reunião de 41 assinaturas de colegas da Casa em um ofício que pede “celeridade” ao presidente do Senado para a análise do afastamento de Moraes.
O senador disse esperar que, com o documento, Alcolumbre recepcione e avalie a possibilidade de a Casa avançar no assunto.
A desobstrução do plenário do Senado deve descartar a possibilidade aventada por Alcolumbre e aliados de utilizar um espaço alternativo da Casa, conhecido como “bunker”, para presidir os trabalhos nesta quinta.
O “bunker” foi inaugurado pelo próprio senador Alcolumbre em 2020, fica nas instalações da Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado (Prodasen) e foi utilizado durante a pandemia de Covid-19.
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– Esta reportagem está em atualização
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