IA vira conselheira de consumo e muda como marcas precisam ser vistas


Time da Zmote aposta em inovação.
Léo Santana
Não basta aparecer. Marcas precisam ser reconhecidas e indicadas pelas inteligências artificiais para existirem na escolha do consumidor
Imagine um consumidor pesquisando a melhor clínica, lançamento imobiliário ou colégio. A pergunta, hoje, vai direto para uma inteligência artificial. E a resposta que aparece, ou não aparece, define quais marcas seguem na disputa pela atenção do público.
Estudos de neuromarketing da Nielsen indicam que o brasileiro médio recebe até 5.000 estímulos de marketing por dia. Outdoors, banners, mensagens no WhatsApp, notificações patrocinadas. O cérebro humano ignora o que não parece relevante, mas os algoritmos memorizam e recomendam. Nesse contexto, estar presente online já não é suficiente. É preciso ser estrategicamente encontrável.
“A jornada do consumidor de hoje é guiado pela inteligência artificial e seus algoritmos. Se a sua marca não conversa com eles, ela desaparece da escolha do cliente”, reforça Ruy Sérgio, fundador da Zmote Comunicação, agência com três décadas de atuação e DNA baiano, que alia criatividade e dados para entregar relevância.
Segundo ela, o marketing eficaz em 2025 começa no momento em que o consumidor faz uma pergunta a uma IA e recebe a sua marca como resposta. Esse fenômeno é explicado pelo conceito de ZMOT, o Zero Moment of Truth, criado pelo Google para descrever a hora da decisão do consumidor, ainda na fase de busca. Não por acaso, Zmote Comunicação leva esse conceito no nome: nasceu para atuar nesse instante decisivo em que a escolha acontece antes mesmo do clique.
“Hoje, quem recomenda a sua marca é a inteligência artificial. E, se você não estiver presente com conteúdo estratégico, sua chance de ser lembrado é zero”, afirma Lucineide Leite, estrategista de tráfego e sócia da agência.
Durante o Cannes Lions 2025, o uso da IA como aliada criativa foi um dos grandes temas. Plataformas como Meta, Amazon e Apple apresentaram ferramentas que integram dados, emoção e criatividade humana. A Meta, por exemplo, lançou sua IA
Comercial com foco em personalização em escala e geração automatizada de anúncios por voz e vídeo.
Essa tendência global reforça a abordagem que a Zmote já adota: usar inteligência
artificial para amplificar o potencial humano, não substituí-lo. A agência desenvolve campanhas com rastreabilidade digital, conteúdo adaptado a múltiplos canais e presença planejada para ser recomendada por sistemas de IA.
Entre as estratégias estão a produção de conteúdo pensado para ser entendido e sugerido por inteligências artificiais, a construção de presença ativa e consistente em canais digitais com linguagem local e campanhas voltadas para reputação e conversão.
Essa integração entre tecnologia e criatividade foi defendida por nomes como Tor
Myhren, da Apple, e representantes da Mars e Dove durante o festival. A ideia central é clara: marcas precisam emocionar as pessoas e, ao mesmo tempo, serem legíveis para as máquinas.
Para a Zmote, esse futuro já faz parte da sua estratégia.
“Estar bem posicionado na cabeça do consumidor sempre foi um objetivo do marketing.
Agora, é preciso estar bem posicionado também nos bancos de dados das inteligências artificiais”, resume Ruy Sérgio.
Com a IA assumindo o papel de conselheira de confiança, marcas que desejam se
manter relevantes precisarão aprender a conversar com ela de forma estratégica, criativa e consistente.
Colaboração na Zmote em ação.
Léo Santana
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