
Semaglutida, tirzepartida, liraglutida. Os princípios ativos das chamadas canetas emagrecedoras, inicialmente utilizadas para o controle do diabetes, se mostraram relevantes aliados no combate à obesidade. Com forte aceitação no mercado e vendas anuais no país na casa dos bilhões, o uso desses medicamentos desperta o interesse de pessoas em busca de perder peso, sendo pauta, inclusive, nas consultas oncológicas. Cada vez mais, pacientes querem saber se podem ou não fazer uso dos produtos. E a resposta, na avaliação de especialistas, é: o uso é possível, sim, mas não durante o tratamento do câncer.
“Não se deve usar na fase de quimioterapia”, explica a oncologista clínica Letícia França, da Oncomed-MT (CRM 4913/MT | RQE 2461). A orientação toma por base estudo publicado no Jornal da Associação Médica Americana (Jama), em 2024, que mostrou que tais medicações diminuem a eficiência da quimioterapia e da imunoterapia, não devendo ser usadas nesta fase do tratamento. “No entanto, quando o paciente se encontra em seguimento clínico, que é aquele período de acompanhamento médico após finalizado todo o tratamento, o uso é possível e se mostrou benéfico, já que a redução da obesidade traz aumento na sobrevida e reduz a mortalidade.”
Dra. Letícia França, oncologista clínica.
Assessoria
Profissional com atuação há 20 anos, Letícia destaca que a obesidade continua sendo um relevante fator de risco para a ocorrência de tumores. A médica observa que importantes pesquisas científicas têm evidenciado a viabilidade e a segurança do uso de canetas emagrecedoras pós-tratamento do câncer. “Um estudo realizado no MD Anderson Cancer Center, que é uma das principais referências mundiais em pesquisas oncológicas, mostrou que mais de mil mulheres que trataram câncer de mama estágio I a III, fizeram uso das canetas e emagreceram, não tiveram aumento na recidiva da doença, ou seja, foi seguro”, pontua.
Outro estudo mostrou que, em uma população de mais de 80 mil pessoas sem diagnóstico de câncer, naqueles que usaram os inibidores de GLP1 e emagreceram, foi observada uma redução da incidência de câncer de 17%, especialmente as neoplasias relacionadas à obesidade, como tumores do trato gastrointestinal, mama e próstata.
Cautela – A médica enfatiza que o uso das canetas emagrecedoras deve ser realizado apenas mediante prescrição e orientação de médico especialista. Letícia recomenda, ainda, especial atenção às condições físicas, nutricionais e emocionais do paciente oncológico. “A perda de peso é importante, mas sem medidas extremas. É importante adotar uma alimentação balanceada, saudável e aliada à prática de atividades físicas, tudo de forma equilibrada, que traga mais saúde e qualidade de vida.”
Diretor técnico responsável: Marcelo Benedito Mansur Bumlai CRM-MT 2663
Assessoria de Imprensa:
Íntegra Comunicação Estratégica
(65) 9 9339-7982 | (65) 9 9338-8151