
Líderes europeus fazem reunião com Trump para defender posição da Ucrânia às vésperas de encontro com Putin
Líderes europeus tiveram nesta quarta-feira (13) uma reunião com Donald Trump. O objetivo deles era convencer o presidente americano a levar em consideração as preocupações e argumentos da ucrânia quando ele se encontrar com o russo Vladimir Putin, depois de amanhã.
Volodymyr Zelensky desembarcou cedo em Berlim, na Alemanha, o presidente ucraniano foi recebido pelo primeiro-ministro, Friedrich Merz. A reunião por videoconferência com os aliados foi uma espécie de “panos quentes”.
Volodymyr Zelensky desembarcou cedo em Berlim, na Alemanha, o presidente ucraniano foi recebido pelo primeiro-ministro, Friedrich Merz
Jornal Nacional
Os líderes europeus exigiam ser ouvidos pelo americano, que os excluiu da agenda histórica marcada para sexta: o encontro no Alasca entre Donald Trump e Vladimir Putin.
O presidente francês Emmanuel Macron disse que Trump relatou a eles que quer obter um cessar-fogo na reunião. Macron destacou:
“A guerra na Ucrânia diz respeito à segurança coletiva da Europa, por isso a importância da conversa de hoje.”
Segundo ele, a União Europeia pode aplicar novas sanções contra os russos, a depender do resultado do encontro de Trump.
O chanceler alemão ressaltou que o presidente americano concordou com alguns princípios, entre eles: só negociar questões territoriais depois do começo de uma trégua e agir em coordenação com os aliados. Os europeus afirmaram que já têm planos militares prontos para oferecer garantias de segurança à Ucrânia.
Volodymyr Zelensky disse que Trump se comprometeu a ligar para ele depois do encontro com Putin. Alertou que o russo está blefando sobre querer o fim da guerra.
O primeiro-ministro do Reino Unido e outros líderes europeus reforçaram que não pode haver decisão sobre o futuro da Ucrânia sem a participação direta do governo ucraniano. Eles também defenderam a ideia de um encontro entre Putin, Zelensky e Trump, em algum país europeu, neutro, aceito por todas as partes.
Em Washington, o presidente americano falou que a reunião com os europeus foi “nota 10” e que, se tudo correr bem na sexta-feira com Putin, eles devem ter um segundo encontro — com a presença do líder ucraniano. Mas Trump também ameaçou:
“Haverá consequências severas se Putin não parar com a guerra depois da reunião.”