
Gilberto Kassab, presidente do PSD, em foto de 2024
Fábio Tito/g1
Presidente do PSD, Gilberto Kassab defendeu que a anistia a quem tentou um golpe de estado “não é aberração” e que a proposta pode ser ajustada no Congresso Nacional. A fala foi dita nesta quinta-feira (14) ao Estúdio i, da GloboNews.
“Quando você fala em anistia, você não está falando em nenhuma aberração. Eu não tenho nenhum constrangimento em defender que seja debatido esse tema, mas que seja debatido também com cautela. Uma anistia pode ser feita de uma maneira modular, pode ser feita com muita calma”, disse Kassab.
Ele também falou que já informou ao presidente Lula (PT) que terá candidatura própria à presidência em 2026. Atualmente, o partido integra a base aliada do governo federal, com o comando de três ministérios.
“Ficou claro para o presidente, e isso ficou registrado nesse almoço, que o PSD caminha para ter candidatura própria para a Presidência da República. Temos dois pré-candidatos”, afirmou.
Segundo Kassab, os governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, estão cotados para concorrer no próximo ano. Segundo ele, o partido pretende consolidar um dos dois nomes para definir quem será o escolhido.
“Então, são questões que a gente colocou com muita tranquilidade, de maneira muito respeitosa para o Presidente da República. Ficou claro para ele que, então, esse será o nosso caminho”, disse.
Além de presidente do PSD, Kassab é Secretário Estadual de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele já declarou ser apoiador do projeto político de Tarcísio na eleição de 2026, seja para uma eventual reeleição no governo de SP, seja para uma candidatura presidencial.
Motim no Congresso
No dia 6 de agosto, deputados e senadores aliados a Jair Bolsonaro (PL) ocuparam o plenário das duas casas contra a prisão domiciliar imposta ao ex-presidente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Hugo Motta é impedido de sentar em sua cadeira na Câmara, durante motim
GloboNews/Reprodução
O motim foi desmobilizado no Senado, mas precisou de negociação para ter fim na Câmara dos Deputados. Após o fim do motim, Hugo Motta, presidente da Casa, prometeu punir parte dos envolvidos.
Motta diz que punição sumária de parlamentares seria medida incorreta para motim na Câmara
Foram enviados 14 casos de deputados à Corregedoria da Câmara e citou uma resolução que prevê o rito ordinário: 5 dias úteis para defesa e mais 45 dias para o parecer do corregedor.
As representações, no entanto, tratam da suspensão cautelar de mandato, que estabelece um rito sumário. Por essa regra, o corregedor teria 48 horas para se manifestar e encaminhar um parecer para a mesa diretora.
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