
Teylan Maciel recebendo prêmio do MEC
Reprodução redes sociais
Teylan Maciel, de 18 anos, foi reconhecido com o Prêmio Ministério da Educação da Educação Brasileira pelo excelente desempenho na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Utilizando métodos alternativos de estudo e sem seguir cronogramas rígidos, ele conquistou notas acima da média e garantiu vagas em cursos de Medicina em mais de dez universidades brasileiras.
Além de Teylan, outros 54 estudantes de diferentes regiões do país foram reconhecidos pelas notas elevadas na redação, cujo tema foi “Desafios para a Valorização da Herança Africana no Brasil”.
Natural de Minas Gerais, Teylan mudou-se ainda criança para Porto Velho com a família. Sempre estudou em escolas públicas da capital, como São Sebastião I, Castelo Branco e Major Guapindaia — esta última, onde concluiu o ensino médio.
Teylan fez o Enem pela primeira vez em 2023, ainda no segundo ano do ensino médio. O resultado, porém, não foi suficiente para alcançar seu objetivo de ingressar em Medicina.
“Logo após o Enem, em 2023, eu comecei a estudar. Tipo, o Enem foi no domingo, e logo na segunda eu já tinha começado a estudar. Então eu comecei a fazer a minha base, estudar tudo aquilo que eu não gostava”, relata o estudante.
Ele iniciou uma rotina intensa de estudos e passou a assistir videoaulas gratuitas na internet sobre os temas em que tinha mais dificuldade, como química, física e biologia.
“Através desses canais eu consegui montar a minha base de química e meu rendimento explodiu, subi mais de 110 pontos e depois consegui minhas aprovações”, diz Teylan.
Na edição de 2024, Teylan obteve 630 pontos em Linguagens, 713 em Ciências Humanas, 700,5 em Ciências da Natureza, 871,5 em Matemática e 960 na redação.
Método diferente
Segundo Teylan, sua principal estratégia foi aplicar a técnica de Feynman, que consiste em explicar um conteúdo de forma simples, seja para outras pessoas ou para si mesmo. Muitas vezes, sua mãe era a ouvinte, ou qualquer pessoa que não dominava o assunto, e ele ensinava como forma de fixar o aprendizado.
“Quando eu ia com a minha mãe para a escola, que ela me deixava, eu ficava conversando com ela sobre os assuntos. Ela fez o ensino médio completo, porém tinha alguns assuntos que ela não dominava. Aí eu começava a conversar com ela sobre aquilo. Era muito legal. Eu acho que isso fez uma diferença muito grande na minha preparação”.
Outra diferença, segundo o estudante, foi não seguir cronogramas rígidos. Em vez de delimitar horários, ele estudava conforme a necessidade apontada em simulados.
“Eu gostava de falar que estudava por demanda. Se ia mal em matemática, focava nisso. Se não entendia um conteúdo de natureza, ficava nele até assimilar e fazer interdisciplinaridade. Eu não me prendia a horas fixas de estudo”, explica.
Enquanto outros estudantes afirmavam estudar até 12 horas por dia, Ele mantinha uma carga horária mais leve, variando entre três e seis horas de estudo ativo. Ele foi aprovado por mais de 10 faculdades públicas e particulares, entre elas estavam:
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Federal de Rondônia (Unir)
Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat)
Universidade Federal do Acre (UFAC)
Universidade Federal de Rondonópolis (UFR)
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
Faculdade São Lucas Porto Velho / Afya
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR)
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas)
O estudante optou pela Unicamp e desde fevereiro já ingressou no curso de Medicina da Universidade. Durante seu discurso na premiação, ele agradeceu e dedicou a conquista ao ensino público de Rondônia.
“Eu acredito que a educação é a ponte que liga a esperança a conquista”, finalizou Teylan.
Prêmio MEC educação brasileira 2025
Governo Federal
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