
Capivara às margens de lago
@soupedrabranca/Reprodução
A população de capivaras urbanas restrita ao Parque da Rua do Porto, em Piracicaba (SP), aumentou de 12 para 30 indivíduos nos últimos quatro anos. O número equivale a alta de 150%, segundo levantamento da prefeitura divulgado a pedido do g1.
O acompanhamento municipal se restringe aos animais que têm contato direto com a população. No Parque da Rua do Porto, elas formaram um núcleo sem acesso a outros locais da cidade.
Parque da Rua do Porto em Piracicaba
Divulgação/Prefeitura
Saúde pública
O aumento da população de capivaras tem preocupado a administração municipal, pois o animal é o principal hospedeiro do carrapato-estrela no meio urbano – o carrapato infectado transmite a bactéria que causa a febre maculosa, doença endêmica da região e que pode levar pessoas à morte.
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Placa que alerta população sobre áreas de risco com carrapato estrela, transmissor da doença, em Piracicaba (SP)
Prefeitura de Piracicaba/Divulgação
Esterilização
A prefeitura informou que pretende esterilizar as capivaras do Parque da Rua do Porto como medida de saúde pública.
O projeto tem sido elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente.
“Essa iniciativa visa controlar o crescimento da população de forma ética e responsável, garantindo o bem-estar dos animais e a preservação do equilíbrio ambiental”, escreve a prefeitura em nota ao g1.
O g1 questionou quando a esterilização será realizada e quais critérios serão adotados, mas não obteve resposta.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o período de maior incidência da febre maculosa é entre junho e novembro.
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Orlando Kissner/AEN
Atuação do IBAMA
O município informou que o manejo das capivaras não pode ser realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas sim por órgãos federais, como o IBAMA, seguindo a legislação e protegendo a fauna silvestre.
Um a oito filhotes por cria
As capivaras são animais sociáveis, adaptados à presença humana e que vivem em grupos próximos a corpos d’água. Elas se alimentam, majoritariamente, de gramíneas.
As fêmeas se reproduzem duas vezes ao ano e podem gerar de um a oito filhotes por gestação segundo fala da professora Dra. Kátia Ferraz, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), em 2020, em evento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
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