Crianças e adolescentes são vítimas de bullying e o cyberbullying na internet


Crianças e adolescentes são vítimas de bullying e cyberbullying
Crianças e adolescentes também são o bullying e o cyberbullying. Uma estudante do ensino médio, que não será identificada por razões de segurança, recebeu ameaças em uma rede social.
A estudante relatou: “A mensagem dizia pra mim tomar cuidado na hora do intervalo, principalmente, então… foi difícil”.
A coordenação da escola foi comunicada, e a família da estudante recebeu a orientação de registrar um boletim de ocorrência. O caso é investigado como cyberbullying.
O delegado Thiago Soares afirmou “é uma conduta muito grave, que pode levar desde o simples desgosto da pessoa, que recebe este tipo de conduta, até mesmo ideações suicidadas, depressão, doenças graves”.
Desde janeiro do ano passado, o bullying e o cyberbullying são crimes no Brasil. As duas práticas envolvem ameaças, intimidações e humilhações: uma no meio virtual e a outra presencialmente.
Pela primeira vez, o Anuário de Segurança Pública trouxe dados sobre esses crimes. As vítimas são, na maioria dos casos, crianças e adolescentes, de 10 a 17 anos. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública destaca que os registros criminais dos casos graves têm números mais baixos do que a realidade, e que os estados e as polícias ainda estão se estruturando para contabilizar os dados.
O levantamento apontou 452 boletins de ocorrência por cyberbullying no Brasil todo no ano passado. Mais de 100 deles foram no Paraná.
Já as denúncias de bullying superaram 2.500 registros no país. São Paulo, Paraná e Santa Catarina representam, juntos, mais da metade dos casos.
As denúncias de bullying superaram 2.500 registros no país. São Paulo, Paraná e Santa Catarina representam, juntos, mais da metade dos casos.
Jornal Nacional
O delegado Soares explicou que “a pena de bullying é pena de multa, já o cyberbullying prevê uma pena de reclusão de dois a quatro anos de prisão. Então, proporcionalmente, é uma pena muito maior, até por conta desse meio facilitador que é a internet, que são os meios digitais”. Se um adolescente for o autor da ameaça, pode ter que cumprir medidas socioeducativas.
Em uma escola em Piraquara, no Paraná, alunos participam de atividades de conscientização desde o início do ano. A direção já vê os resultados. Eunice Nunes da Silva, diretora da escola, afirmou:
“Hoje nós temos um percentual de 80% de melhora dentro da escola, né? Com todas essas ações que os estudantes agora estão mais conscientes, eles compreendem o que é violência – o que dói em mim também pode doer no outro. É importante quando o estudante sabe que pode contar conosco”.
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