Operação para resgatar escalador morto na Serra do Cipó durou 8 horas


Operação de resgate de escalador na Serra do Cipó durou 8 horas e mobilizou bombeiros e voluntários
Uma operação complexa de resgate mobilizou o Corpo de Bombeiros e escaladores voluntários na noite do último sábado (16), após a queda de um praticante de escalada em uma área de difícil acesso na Serra do Cipó, em Santana do Riacho, Região Central do estado. A vítima, Guilherme Augusto Neto, de 29 anos, caiu de aproximadamente 20 metros de altura e morreu no local.
Entre o deslocamento do Batalhão do Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte, e a finalização dos trabalhos, foram oito horas de operação. Seis militares e nove escaladores da Associação de Escalada da Serra do Cipó se empenharam no resgate.
Guilherme Neto escalava no setor conhecido como Vale da Perseguida, local que é referência entre praticantes do esporte. O acidente ocorreu por volta das 18h. O corpo dele só foi retirado do local por volta das 00h30 do domingo (17).
“As rotas de escalada são em locais de difícil acesso. Era noite, e precisamos de lanternas, o que complicou ainda mais a ação. Os escaladores foram de fundamental importância para o nosso trabalho e remoção da vítima”, explicou o Tenente do Corpo de Bombeiros Fernando Vieira Frois de Oliveira.
Alerta do Corpo de Bombeiros
O Tenente Fernando Frois alerta que atividades que envolvem natureza e principalmente locais de difícil acesso, devem ser encerradas até 16h, enquanto há luminosidade. Caso haja alguma emergência, como foi neste caso, ainda é possível agilizar a operação e até usar aeronave.
“Nós não pudemos acionar a aeronave porque já era noite, e o local se tratava de um distrito, onde não tem campos abertos e visualização fácil de voo e isto poderia colocar em risco a tripulação. É importante que atividades assim sejam bem planejadas. Nós podemos verificar que eram pessoas experientes em escalada e com equipamentos de segurança em bom estado, uma fatalidade”, lamentou o militar.
Relembre o caso
Segundo o boletim de ocorrência, Guilherme havia terminado a escalada e estava fixo em seus equipamentos de segurança quando o grupo começou a se preparar para deixar o local.
Minutos depois, um forte barulho chamou a atenção dos colegas, que perceberam que ele havia caído. Sem sinal de telefone ou internet, um dos presentes precisou caminhar até uma pousada próxima para pedir ajuda.
O médico que chegou ao local constatou parada cardiorrespiratória e realizou manobras de reanimação por mais de 30 minutos, mas Guilherme não resistiu.
O terreno irregular e a falta de iluminação dificultaram o acesso das equipes, que caminharam cerca de 40 minutos até o ponto onde o corpo estava.
O corpo foi periciado no local e levado ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte.
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Bombeiros trabalhando no resgate da vítima de queda durante escalada na Serra do Cipó (MG).
Divulgação/CBMMG
Local onde Guilherme Augusto Neto sofreu uma queda de mais de 20 metros enquanto escalava com os amigos
Reprodução/ g1
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