Imigração dos EUA vai considerar o antiamericanismo em solicitações de visto para imigrantes, diz Casa Branca


Os serviços de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos vão considerar o antiamericanismo para aprovar solicitações de visto para imigrantes, anunciou a Casa Branca nesta terça-feira (19).
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A determinação foi anunciada na rede social X:
“Os benefícios dos Estados Unidos não devem ser concedidos àqueles que desprezam o país e promovem ideologias antiamericanas. Os benefícios de imigração — incluindo viver e trabalhar nos EUA — continuam sendo um privilégio, não um direito”, afirmou o porta-voz do USCIS, Matthew Tragesser.
Cidadania por nascimento
Embaixada dos EUA faz alerta a brasileiras que tentarem ‘turismo de nascimento’
Há cinco dias, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou um vídeo em sua conta no X avisando a mulheres grávidas que “não é permitido” viajar ao país apenas com objetivo de dar à luz e garantir a cidadania americana aos seus filhos.
“Viajar para os EUA com o principal objetivo de dar à luz para que seu filho obtenha cidadania americana não é permitido. Oficiais consulares vão negar o seu pedido de visto caso haja indícios de que essa é a sua intenção”, diz a publicação.
Turismo de nascimento: relembre famosas que foram dar à luz nos EUA
Publicação da embaixada americana no X
Reprodução/X
A publicação se soma às medidas anti-imigração do governo Trump, que fez recentemente uma investida judicial contra a cidadania por nascimento.
Em junho deste ano, a Suprema Corte dos EUA emitiu uma decisão que abriu caminho para transformar em lei uma proposta de Donald Trump que visa proibir a cidadania dos EUA a filhos de turistas nascidos no país.
A cidadania por nascimento torna automaticamente qualquer pessoa nascida no país um cidadão americano, incluindo crianças nascidas de mães que estavam no país ilegalmente. O direito foi consagrado logo após a Guerra Civil na 14ª Emenda da Constituição.
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Os EUA estão entre os cerca de 30 países onde a cidadania por direito de nascença — o princípio do jus soli ou “direito do solo” — é aplicada. A maioria está nas Américas, e Canadá e México estão entre eles.
A ordem executiva para limitar a cidadania pelo direito de nascença foi assinada por Trump no seu primeiro dia de governo, em 20 de janeiro.
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