É #FAKE que produto chamado Glicolamida cura diabetes e tem aprovação da Anvisa


É #FAKE que produto chamado Glicolamida tenha aprovação da Anvisa e “cure” diabetes tipo 2
Reprodução
Um site que imita a aparência de portais de notícia alega que um produto chamado Glicolamida pode ser usado em um tratamento revolucionário para diabetes e tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa). É #FAKE.
selo fake
g1
Leia, abaixo, respostas a estas 3 perguntas:
O que diz a publicação falsa?
Por que o site é mentiroso?
Quais são os sinais claros de golpe?
🛑 O que diz a publicação falsa?
O site imita a aparência de portais de notícia conhecidos, mas tem um endereço (https://processador1/) completamente diferente de todos eles.
A conteúdo tem o seguinte título: “Endocrinologista tailandês recebe premio Nobel após criar novo tratamento capaz de reduzir a glicose para baixo de 100 mg/dl – de forma natural e sem remédios”.
O texto afirma que o professor tailandês Prasit Suwannalert (uma pessoa que existe) é endocrinologista e teria recebido o Prêmio Nobel por desenvolver um tratamento natural capaz de “curar” o diabetes tipo 2.
A publicação cita que “Dr. Prasit e seu grupo de cientistas […] revelaram a verdadeira causa [da doença] até então ignorada: a presença de um parasita microcoscópico, apelidado de ‘Ascaris'”. E a Glicolamida, descrita como um “simples extrato milenar tailandês chamado de ‘aspargo'”, seria capaz de eliminar esse verme – que, na realidade, não causa nem agrave diabetes (leia mais abaixo).
Segundo o material falso, o Glicolamida conseguiria normalizar a glicemia em poucas semanas, sem medicamentos, e foi testado e aprovado pela Anvisa, o que é mentira. Como ocorre em inúmeros casos semelhantes, o site fake oferece links para compra direta do produto.
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⚠️ Por que o site é mentiroso?
O nome do professor Prasit Suwannalert, mencionado na mensagem falsa, não aparece na lista oficial de ganhadores disponível no site do Prêmio Nobel. Já a Anvisa, que foi procurada pelo Fato ou Fake, alertou que não existe nenhum medicamento registrado com o nome Glicolamida. O órgão apontou que se trata de uma fraude.
O Fato ou Fake também consultou a médica endocrinologista Carolina Castro Porto Silva Janovsky, professora da pós-graduação em endocrinologia Clínica da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Ela afirma que:
é falso que Glicolamida trate diabetes;
é falso que um parasita como Ascaris cause ou agrave diabetes;
é falso que o “aspargo tailandês” reverta diabetes em estudos clínicos;
as diretrizes atuais não reconhecem nenhuma dessas alegações;
e a Anvisa proíbe propaganda terapêutica de produtos sem registro.
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🚨 Quais são os sinais claros de golpe?
A médica e professora Carolina Castro Porto Silva Janovsky aponta sinais claros de que a publicação é uma fake e um golpe de saúde comum em propagandas na internet:
Promessa de “cura” ou “reversão” rápida de doenças crônicas (como diabetes) – Essa prática é proibida pela Anvisa para alimentos e suplementos; apenas medicamentos registrados podem ter propaganda terapêutica.
Produto “isento de registro” com alegações terapêuticas (tratar, curar ou prevenir) – Isso é irregular.
Falta de transparência – Ausência de número de registro da Anvisa, CNPJ, fabricante, endereço ou SAC verificável. A agência orienta consultar o registro no portal oficial.
Depoimentos, em vez de ciência – Uso de imagens de “antes e depois” e de celebridades, em vez de ensaios clínicos publicados. A RDC 96 (uma resolução da própria Anvisa) veda propaganda enganosa ou abusiva e exige compatibilidade com o registro.
Pseudociência – Atribuição de doenças a “parasitas” de forma universal, com mistura de termos técnicos e direcionamento a domínios (sites) obscuros, sem referências confiáveis. A Anvisa já proibiu produtos que prometiam “reverter diabetes”.
Pressão de compra – Artifícios de “contagem regressiva”, citação a “últimas unidades”, descontos irreais e falta de informações sobre riscos ou efeitos adversos. A prática é recorrente em proibições da Anvisa por alegações falsas.
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