Fluxo de venezuelanos para o Brasil cresce nos últimos meses


Migrantes venezuelanos em Pacaraima (RR)
Reprodução/Jornal Nacional
Venezuelanos chegam a todo momento na cidade de Pacaraima, em Roraima, e fazem fila para a regularização migratória ao entrar no Brasil.
Aqui, eles conseguem um documento temporário que garante acesso a serviços básicos e trabalho.
O pedreiro Edgar, já conseguiu tirar o cartão do SUS.
“Em busca de emprego, para manter a família. Assim vamos, passo a passo, buscando melhoria”, diz Edgar Suárez, pedreiro.
Alguns tentam entrar ilegalmente no Brasil, por trilhas clandestinas.
A Cáritas, organização humanitária ligada à Igreja Católica, diz que o fluxo de migrantes triplicou após as eleições municipais realizadas na Venezuela no fim de julho e vencidas em sua maioria por candidatos do Partido de Nicolás Maduro.
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Organização Cáritas em Pacaraima (RR)
Reprodução/Jornal Nacional
A equipe desta instalação tem registrado cerca de 1.700 atendimentos diários. Pelo menos, destes, trezentos há pessoas que estão buscando esse serviço pela primeira vez aqui.
“Perderam a esperança e eles continuam vindo. A gente pergunta deles e eles falam isso: que é o mesmo sistema, o mesmo governo. Nunca vai mudar e eles querem morar no Brasil pra ter uma vida melhor”, diz Luz Soraina, coordenadora local da Cáritas brasileira em Pacaraima.
Em nota, a Casa Civil afirmou que a Operação Acolhida está preparada para atender aumentos de demandas sazonais de fluxos, e que o Brasil já recebeu quantitativos maiores de imigrantes e refugiados venezuelanos pela fronteira em Roraima em anos anteriores.
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Aqui no Brasil, os refugiados relatam desânimo com a situação na Venezuela.
“Não consegue comprar comida, fica tudo muito caro? – sim, se compramos comida deixamos de comprar outras coisas, se compramos remédio não compramos comida e por aí vai”, diz a dona de casa Dexys Sapienza.
“Porque você veio para o Brasil?”
“Com a esperança de conseguir um melhor futuro. Uma estabilidade para mim e para minha família, essa é a verdade. Esse é o principal motivo de eu ter vindo pra cá”, diz Moisés Mata, eletricista.
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