
Prefeitura de Tefé antes e depois do corte das árvores
Reprodução Redes Sociais
A remoção das árvores que ficavam em frente à sede da Prefeitura de Tefé, no interior do Amazonas, tem gerado forte repercussão na cidade, especialmente nas redes sociais. As espécies faziam parte da paisagem urbana há décadas e, para muitos moradores, carregavam valor histórico e afetivo.
Entre os que se manifestaram contra o corte está o professor João Bosco. Para ele, a retirada representa mais do que a simples ausência de árvores no local:
“O corte dessas árvores não representa apenas a perda de parte do nosso patrimônio natural, mas simboliza também o descaso com a história, a cultura e, sobretudo, com a qualidade de vida da população. Em tempos de altas temperaturas, retirar o verde urbano é retirar também o direito ao bem-estar e ao equilíbrio ambiental”.
📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp
A crítica ganha força em um momento em que o mundo se prepara para a COP30, conferência global sobre mudanças climáticas, reforçando o debate sobre a importância das áreas verdes nos centros urbanos, e que vai ocorrer em novembro, em Belém.
Por outro lado, há moradores que consideram a medida necessária. Um deles destacou que, apesar da tristeza em ver a paisagem alterada, a segurança deveria prevalecer:
“Eu entendo que é triste ver as árvores indo embora, mas se a estrutura da prefeitura estava sendo prejudicada, é uma medida que precisava ser tomada. O importante é que exista compensação”, disse um morador do local.
Em nota oficial, a Prefeitura informou que estudos técnicos apontaram que as raízes das árvores estavam comprometendo a estrutura do prédio, causando rachaduras e trincas. O risco, segundo o comunicado, atingia tanto o patrimônio público quanto a segurança de servidores e visitantes.
Ainda de acordo com a nota, nenhuma árvore é retirada sem compensação ambiental. Para cada uma removida, novas mudas serão plantadas em locais adequados, seguindo protocolos de sustentabilidade. O novo projeto de paisagismo prevê a inclusão de espécies nativas e ornamentais ao redor da sede da Prefeitura, como forma de recuperar a cobertura verde urbana.