O chanceler da Venezuela, Yván Gil, pediu nesta terça-feira (26) que a ONU atue para conter ações dos Estados Unidos contra o país. Em um documento, a missão venezuelana nas Nações Unidas condenou o envio de navios de guerra e um submarino nuclear americano para a costa da Venezuela.
O pedido acontece no contexto do deslocamento de embarcações de guerra e militares dos EUA para o sul do Caribe, na região da costa da Venezuela. O objetivo seria o combate aos cartéis de drogas que operam na região levando drogas da América do Sul aos EUA. Veja detalhes mais abaixo.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, Gil pediu que o secretário-geral da ONU, António Guterres, ajude a “reestabelecer a sensatez”. Ele também disse estar preocupado com o emprego de armas nucleares na região do Caribe.
“A escalada de ações hostis e ameaças dos EUA é evidente na implantação de navios de guerra no Caribe, como o cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie e o submarino nuclear USS Newport News”, disse o governo venezuelano.
Em um documento divulgado por Gil, a Missão Permanente da Venezuela nas Nações Unidas pediu para que:
os EUA cessem imediatamente o envio de forças militares ao Caribe, incluindo o submarino nuclear USS Newport News;
Washington dê garantias de que não usará armas nucleares na América Latina e no Caribe;
a Organização para a Proibição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe convoque consultas urgentes para discutir o que chamou de “ações hostis e ameaças”;
os países-membros da ONU respeitem o caráter desnuclearizado da região e apoiem a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) na defesa da América Latina e do Caribe como uma “zona de paz”.
Ainda no documento, a missão venezuelana classificou as ações dos Estados Unidos como “grave ameaça à paz e à segurança regionais”.
Recado a Maduro
Na semana passada, os Estados Unidos já haviam deslocado navios de guerra, aviões, ao menos um submarino e cerca de 4.000 militares para o mar do Sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, segundo as agências de notícias Reuters e Associated Press.
O objetivo seria o combate aos cartéis de drogas que operam na região levando drogas da América do Sul aos EUA.
O governo do presidente Donald Trump tem dado mostras de que Maduro é o novo alvo dos EUA:
Seis navios de guerra foram deslocados para o sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, sob a alegação de conter ameaças de cartéis de tráfico de drogas, segundo agências de notícias.
Ao responder o porquê do deslocamento de navios, a porta-voz do governo, Karoline Leavitt, disse na terça (19) que Maduro “não é um presidente legítimo”, além de ser “fugitivo” e “chefe de cartel narcoterrorista” —e que, por isso, os EUA usariam “toda a força” contra o regime venezuelano.
A referência a “fugitivo” se explica pelo fato de os EUA terem colocado, no início de agosto, uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 275 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o presidente venezuelano é acusado de envolvimento em conspiração com o narcoterrorismo, tráfico de drogas, importação de cocaína e uso de armas em apoio a crimes relacionados ao tráfico.
O governo americano também diz que Maduro lidera o suposto Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente pelos EUA como organização terrorista internacional.
Além dos três destróieres da Marinha dos EUA, equipados com o poderoso sistema de combate Aegis, e três navios de desembarque anfíbio, feitos para transportar e desembarcar divisões terrestres, o governo Trump deslocou aviões espiões P-8 Poseidon e pelo menos um submarino, além de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais para a região.
Em resposta ao envio americano dos navios de guerra, Maduro anunciou mobilização de 4,5 milhões de milicianos para combater o que chamou de “ameaças” dos EUA.
Cartel de los Soles
Donald Trump aponta Nicolás Maduro como o chefe de uma organização chamada Cartel de los Soles, que seria liderada pelo alto escalão do Exército da Venezuela.
Segundo a imprensa latino-americana, o grupo atua como facilitador de rotas de drogas para outros grupos que vendem os produtos no mercado americano, como o mexicano Cartel de Sinaloa e o também venezuelano Tren de Aragua.
Desde a semana passada, alguns países sul-americanos têm acompanhado a decisão de Trump de designar o Cartel de los Soles como organização terrorista, começando pelo Equador, governado por Daniel Noboa, de direita.
Em seguida, foi a vez do presidente Santiago Peña, do Paraguai. Nesta sexta-feira (22), a Guiana também publicou uma medida semelhante.
Enquanto Equador e Paraguai são governados por opositores do chavismo, a Guiana se encontra em uma disputa terrirorial com Caracas pela região de Essequibo, que ela controla.
O pedido acontece no contexto do deslocamento de embarcações de guerra e militares dos EUA para o sul do Caribe, na região da costa da Venezuela. O objetivo seria o combate aos cartéis de drogas que operam na região levando drogas da América do Sul aos EUA. Veja detalhes mais abaixo.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, Gil pediu que o secretário-geral da ONU, António Guterres, ajude a “reestabelecer a sensatez”. Ele também disse estar preocupado com o emprego de armas nucleares na região do Caribe.
“A escalada de ações hostis e ameaças dos EUA é evidente na implantação de navios de guerra no Caribe, como o cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie e o submarino nuclear USS Newport News”, disse o governo venezuelano.
Em um documento divulgado por Gil, a Missão Permanente da Venezuela nas Nações Unidas pediu para que:
os EUA cessem imediatamente o envio de forças militares ao Caribe, incluindo o submarino nuclear USS Newport News;
Washington dê garantias de que não usará armas nucleares na América Latina e no Caribe;
a Organização para a Proibição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe convoque consultas urgentes para discutir o que chamou de “ações hostis e ameaças”;
os países-membros da ONU respeitem o caráter desnuclearizado da região e apoiem a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) na defesa da América Latina e do Caribe como uma “zona de paz”.
Ainda no documento, a missão venezuelana classificou as ações dos Estados Unidos como “grave ameaça à paz e à segurança regionais”.
Recado a Maduro
Na semana passada, os Estados Unidos já haviam deslocado navios de guerra, aviões, ao menos um submarino e cerca de 4.000 militares para o mar do Sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, segundo as agências de notícias Reuters e Associated Press.
O objetivo seria o combate aos cartéis de drogas que operam na região levando drogas da América do Sul aos EUA.
O governo do presidente Donald Trump tem dado mostras de que Maduro é o novo alvo dos EUA:
Seis navios de guerra foram deslocados para o sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, sob a alegação de conter ameaças de cartéis de tráfico de drogas, segundo agências de notícias.
Ao responder o porquê do deslocamento de navios, a porta-voz do governo, Karoline Leavitt, disse na terça (19) que Maduro “não é um presidente legítimo”, além de ser “fugitivo” e “chefe de cartel narcoterrorista” —e que, por isso, os EUA usariam “toda a força” contra o regime venezuelano.
A referência a “fugitivo” se explica pelo fato de os EUA terem colocado, no início de agosto, uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 275 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o presidente venezuelano é acusado de envolvimento em conspiração com o narcoterrorismo, tráfico de drogas, importação de cocaína e uso de armas em apoio a crimes relacionados ao tráfico.
O governo americano também diz que Maduro lidera o suposto Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente pelos EUA como organização terrorista internacional.
Além dos três destróieres da Marinha dos EUA, equipados com o poderoso sistema de combate Aegis, e três navios de desembarque anfíbio, feitos para transportar e desembarcar divisões terrestres, o governo Trump deslocou aviões espiões P-8 Poseidon e pelo menos um submarino, além de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais para a região.
Em resposta ao envio americano dos navios de guerra, Maduro anunciou mobilização de 4,5 milhões de milicianos para combater o que chamou de “ameaças” dos EUA.
Cartel de los Soles
Donald Trump aponta Nicolás Maduro como o chefe de uma organização chamada Cartel de los Soles, que seria liderada pelo alto escalão do Exército da Venezuela.
Segundo a imprensa latino-americana, o grupo atua como facilitador de rotas de drogas para outros grupos que vendem os produtos no mercado americano, como o mexicano Cartel de Sinaloa e o também venezuelano Tren de Aragua.
Desde a semana passada, alguns países sul-americanos têm acompanhado a decisão de Trump de designar o Cartel de los Soles como organização terrorista, começando pelo Equador, governado por Daniel Noboa, de direita.
Em seguida, foi a vez do presidente Santiago Peña, do Paraguai. Nesta sexta-feira (22), a Guiana também publicou uma medida semelhante.
Enquanto Equador e Paraguai são governados por opositores do chavismo, a Guiana se encontra em uma disputa terrirorial com Caracas pela região de Essequibo, que ela controla.