Nos últimos anos, a busca por soluções rápidas para a perda de peso se transformou em um verdadeiro fenômeno global. A cena parece roteirizada: de um lado, a urgência em atingir um padrão estético, do outro, uma enxurrada de novos medicamentos, comprimidos e injeções que prometem resultados em tempo recorde. Recentemente, a notícia de que Serena Williams, ícone do tênis, se tornou garota-propaganda de um desses medicamentos jogou ainda mais luz sobre o tema, transformando o debate de um nicho médico para um trending topic mundial. Paralelamente, os resultados promissores de um novo comprimido, o VK2735, que promete uma redução de mais de 12% do peso em apenas três meses, alimentam ainda mais a “febre dos emagrecedores”.
Está sentindo dentes sensíveis, mau hálito e boca seca? A culpa pode ser do remédio para emagrecer.
Gemini
No Brasil, a coisa não é diferente. A automedicação é um hábito tão enraizado que 90% dos brasileiros já a praticaram, segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ). Seja para dor de cabeça, febre ou, cada vez mais, para emagrecer. O que a maioria das pessoas não se dá conta é que, por trás da promessa de um corpo mais magro, existe um ‘lado B’ pouco divulgado, mas extremamente perigoso: os impactos na saúde bucal.
Se você está pensando que a busca pelo emagrecimento não vai afetar os seus dentes, pense de novo. A relação é direta, e os efeitos colaterais podem ir muito além de um simples incômodo. A boca, na verdade, age como um verdadeiro termômetro da sua saúde geral, e o uso de certos medicamentos sem a devida orientação profissional pode deixar marcas irreversíveis. E é sobre isso que a gente precisa falar.
O ‘efeito cascata’ dos emagrecedores: de boca seca à erosão dental
Quando pensamos nos efeitos colaterais de um medicamento para emagrecer, a mente logo nos leva aos mais comuns, como náuseas, diarreia e tontura. Mas e a boca? Ela, muitas vezes, é esquecida nessa equação.
Um dos efeitos colaterais mais frequentes, e que serve como ponto de partida para outros problemas, é a xerostomia, ou, como a gente conhece, a boca seca. De acordo com o Dr. Frederico Coelho (CRO-GO 5621), Mestre e Doutor em Implantodontia, e fundador do CROOL Centro Odontológico, “Muitos medicamentos, especialmente os que agem no sistema nervoso central para controlar o apetite, têm como efeito adverso a redução da produção de saliva. A saliva não é apenas um lubrificante, ela é nossa principal defesa natural. Ela neutraliza ácidos, remineraliza o esmalte e ajuda a limpar restos de alimentos. Sem ela, a boca fica desprotegida.”
Começou a jornada de emagrecimento e sentiu efeitos na boca? É hora de procurar um dentista.
Gemini
E qual o problema de ter a boca seca? A cascata de problemas é longa. Com a falta de saliva, o ambiente bucal se torna ácido e propício para o crescimento de bactérias. Isso aumenta exponencialmente o risco de cáries, que podem se desenvolver de forma rápida e agressiva. Além disso, a boca seca pode levar à halitose (mau hálito), inflamação nas gengivas (gengivite) e, em casos mais graves, à periodontite, uma infecção que pode levar à perda dos dentes.
Outro ponto que o Dr. Frederico destaca é o impacto direto no esmalte dos dentes. “Medicamentos que causam náuseas ou refluxo gastroesofágico podem expor os dentes a ácidos estomacais, levando à erosão dentária. É como se o esmalte, a camada protetora dos dentes, fosse lentamente dissolvido. Essa erosão, além de causar sensibilidade e dor, pode mudar a cor dos dentes, tornando-os mais amarelados e mais suscetíveis a fraturas.”
O que a automedicação e a falta de acompanhamento têm a ver com tudo isso?
Assim como mencionamos acima, nove em cada dez brasileiros tomam medicamentos sem prescrição. Essa informação é alarmante, e quando falamos de remédios para emagrecer, o perigo se torna ainda maior. A busca por uma solução rápida, impulsionada por reportagens e celebridades, faz com que muitas pessoas ignorem a orientação médica e até mesmo odontológica. E é aí que o problema se agrava.
“A automedicação é a receita perfeita para o desastre”, afirma o Dr. Frederico Coelho. “Cada organismo reage de uma forma, e o que pode funcionar para uma pessoa, pode ter efeitos colaterais devastadores para outra. Sem o acompanhamento de um médico para monitorar os efeitos e ajustar a dose, e de um dentista para avaliar e mitigar os impactos na saúde bucal, o paciente está se expondo a riscos desnecessários.”
O uso de medicamentos sem prescrição pode gerar graves problemas bucais.
Gemini
Além disso, a perda de peso muito rápida, sem a supervisão de um nutricionista, também pode impactar diretamente a boca. A restrição alimentar excessiva pode levar à deficiência de vitaminas e minerais essenciais para a saúde dos dentes e gengivas, como o cálcio, a vitamina D e a vitamina C. A falta desses nutrientes deixa os tecidos bucais mais vulneráveis a infecções e inflamações.
O guia de sobrevivência para proteger seu sorriso enquanto cuida do corpo
Se a busca pelo bem-estar e pelo corpo ideal é um objetivo, saiba que essa jornada precisa ser feita de forma consciente e segura. A boa notícia é que você não precisa desistir de seus objetivos, apenas ter mais estratégia e cuidado.
Converse com seu médico e dentista: A primeira e mais importante etapa é a transparência. Se você está pensando em usar um medicamento para emagrecer, converse abertamente com seu médico sobre os riscos. E, tão importante quanto, marque uma consulta com seu dentista. O Dr. Frederico Coelho, do CROOL, reforça a importância desse passo: “É crucial que o paciente nos informe sobre qualquer medicamento que esteja usando. Com essa informação, podemos tomar medidas preventivas, como indicar produtos específicos, flúor profissional, ou ajustar a frequência das limpezas para compensar a boca seca e proteger os dentes.”;
Beba muita água: A hidratação é sua maior aliada. A água ajuda a combater a boca seca, limpa a boca e estimula a produção de saliva. Carregue uma garrafa com você o dia todo;
Use produtos específicos: Para quem sofre de boca seca, existem no mercado produtos como enxaguantes bucais e géis lubrificantes que imitam a saliva e ajudam a proteger a mucosa e os dentes;
Capriche na higiene bucal: Não tem desculpa. Escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia, use o fio dental e, se o dentista indicar, um enxaguante bucal. A higiene é a linha de frente de defesa contra as cáries e a gengivite;
Atenção aos sinais: Fique atento aos sinais que sua boca dá. Sensibilidade, sangramento da gengiva, mau hálito persistente, ou dentes que parecem mais amarelados são sinais de alerta de que algo não vai bem. Não espere a dor chegar.
Cuidar do corpo e da saúde geral é um processo que envolve várias áreas e profissionais. A saúde bucal é parte integrante desse cuidado, e ignorá-la pode comprometer todo o seu esforço.
Não se deixe levar apenas pela ‘onda’ das celebridades e pelas promessas milagrosas. O verdadeiro sucesso está em uma jornada saudável e completa, que protege seu sorriso enquanto você alcança seus objetivos.
Para uma avaliação completa da sua saúde bucal e para entender os riscos e as medidas preventivas, agende uma consulta com um especialista. Você pode contar com o CROOL Centro Odontológico para um check-up e para receber as melhores orientações para proteger seu sorriso.Tratamento odontológico? CROOL, é lógico.
Fonte: CROOL Centro Odontológico
Dentista Responsável: Dr. Frederico Coelho (CRO-GO 5621), fundador do CROOL Centro Odontológico, é Mestre e Doutor em Implantodontia. Instagram: @fredericocoelho
CROOL Centro Odontológico. Endereço: Av. 85, n°1.909, Setor Marista, Goiânia-GO. Contatos: 62 3941-3131 e 62 99254-4365. Instagram: @croolodontologia
