Prédios históricos do Centro de Manaus apresentam risco estrutural, alerta Ministério da Cultura


Ministério da Cultura alerta para risco em prédios históricos do Centro de Manaus
O Ministério da Cultura reconheceu oficialmente riscos estruturais em prédios históricos do Centro de Manaus. A falta de manutenção e preservação desses imóveis se arrasta há anos, oferecendo perigo para frequentadores e para a população que circula pela região.
Entre os edifícios em situação crítica está o Colégio Amazonense Dom Pedro II, na Avenida Sete de Setembro, uma das áreas mais antigas da cidade.
O prédio centenário, com 139 anos, apresenta sinais visíveis de deterioração, como rachaduras em colunas, janelas quebradas, grades enferrujadas e até vegetação crescendo nas fachadas.
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No interior da escola, a situação é ainda mais grave. Imagens registradas por estudantes mostram pisos de madeira quebrados, infiltrações, vazamentos no teto e banheiros sem pias. Professores relatam que os problemas levaram à suspensão das aulas em abril deste ano.
Alunos afirmam que vistorias realizadas por órgãos competentes não resultaram em melhorias.
“Principalmente na questão do segundo andar, parece que vai cair. E vai molhando as salas, tanto as lousas. A gente pede urgência, porque são mais de mil alunos todos os dias aqui”, disse a estudante Lara Amorim.
Além do Colégio Amazonense, o dossiê do Ministério da Cultura aponta outros prédios tombados com problemas estruturais, como o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, a Santa Casa de Misericórdia — desativada há mais de 20 anos — e imóveis no entorno do Teatro Amazonas e do Porto de Manaus.
O documento foi enviado à Câmara dos Deputados em resposta a um requerimento do deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM).
No ofício, assinado pela ministra Margareth Menezes, o ministério destacou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aplicou diversos autos de infração nos últimos dois anos, confirmando a precariedade dos imóveis tombados em Manaus.
Prédio onde funcionou Santa Casa de Misericórdia, em Manaus
Camila Henriques/G1 AM
*Com informações de Naine Carvalho, da Rede Amazônica
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